Polícia

Esquadrão antibombas já foi acionado 21 vezes neste ano no Espírito Santo

A última ação feita pelo esquadrão, aconteceu no sábado (25), no bairro Vila Palestina, em Vitória. Uma bomba caseira foi encontrada em uma rua da capital

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução TV Vitória

Somente em 2021, o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Espírito Santo recebeu um total de 21 acionamentos. Desses chamados, foram identificadas 17 bombas de fabricação improvisada e uma industrial.

A última ação feita pelo esquadrão, aconteceu no sábado (25), no bairro Vila Palestina, em Vitória. Uma bomba caseira foi encontrada em uma rua da capital.

Os militares foram acionados por moradores de Nova Palestina e a equipe do esquadrão chegou por volta das 10 horas, examinou a bomba e a detonou dentro de um equipamento para diminuir o risco de estilhaços.

Foto: Reprodução TV Vitória

Para ações desse tipo, são necessários equipamentos de segurança e uma roupa de proteção. A vestimenta pesa 45 quilos. Depois começa a segunda etapa do trabalho do esquadrão: a identificação do explosivo.

O equipamento utilizado para identificação funciona por meio de raio-X, que ajuda na identificação do que há dentro da bomba. Dependendo da complexidade do explosivo, essa análise pode demorar cerca de 30 minutos.

Segundo o Tenente Coronel Rogério, a maioria desses objetos explosivos são utilizados por organizações criminosas.

"Provavelmente, a grande maioria é ligada à facções criminosas. Uma vez que esses tipos de artefato não são comumente encontrados ou utilizados fora do meio policial ou militar", afirmou.

Características das bombas e cuidados

Foto: Reprodução TV Vitória

Esses artefatos explosivos improvisados ou bombas caseiras são compostas por materiais perigosos, que propagam risco à sociedade. Além disso, de acordo com o Sargento Elísio, há outros objetos de metais.

"Eles são compostos por pólvora, estopim e também nós encontramos neles diversos projetos secundários, como metais, pregos, tarjas, pedaço de cerâmicas. Esses objetos podem estar causando danos à sociedade".

Por conta dessas composições, o sargento orienta a sociedade acionar o Esquadrão Antibombas para realizar a detonação e análise do objeto encontrado.

"A orientação principal é que não mexa, não toque e não recolha esse material. O que deve ser feito é isolar a área o máximo que puder e acionar o 190", ressaltou Elísio.

De acordo com o delegado André Landeira, a pena para este crime pode chegar de 4 a 10 anos de prisão. Podendo ser maior por conta das circunstâncias praticadas.

"A prática de crimes envolvendo explosivos estão ligados ou diretamente na subtração do roubo de explosivos, ou determinados crimes furtos e roubos, por exemplo, com emprego de explosivos. A pena desse crime pode chegar de 4 a 10 anos, dependendo da circunstância que foram praticados podem ser aumentados" contou o delegado. 

*Com informações da repórter Milena Martins , da TV Vitória / Record TV