Explosivos e bombas no ES: esquadrão da PM já foi acionado mais de 20 vezes neste ano
O último caso foi registrado na noite de terça-feira (19), no bairro Bento Ferreira, em Vitória. A operação do Esquadrão Antibombas durou quatro horas
Somente em 2021, o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar do Espírito Santo foi acionado mais de 20 vezes. O último caso foi registrado na noite de terça-feira (19) e provocou interdição em uma rua do bairro Bento Ferreira, em Vitória.
O suposto artefato, um objeto cilíndrico amarelo e preto, foi colocado na rua Amélia da Cunha Ornelas, próximo à rotatória com a rua Chafic Murad.
Equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal de Vitória foram acionadas e estiveram no local para atender a ocorrência. O Esquadrão Antibombas da Polícia Militar também foi acionado e, após mais de quatro horas, o artefato foi detonado.
Após a chegada do Esquadrão Antibombas, militares analisaram que o objeto não era um explosivo e se tratava de um cilindro de gás.
O artefato foi encaminhado para outra rua para que fosse detonado. Segundo a Polícia Militar, este é um procedimento padrão.
Três suspeitas de bomba em menos de uma semana
Essa foi a terceira vez, em menos de uma semana, que o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar é acionado para atender a ocorrências relacionadas à suspeita de bomba na Grande Vitória
No último sábado (16), uma bomba foi encontrada na rua Neves Armond, na Praia do Suá, bem próximo a Bento Ferreira. Na ocasião, o Esquadrão Antibombas também foi acionado e detonou o artefato explosivo.
A bomba foi encontrada por um casal, que passava pela região e acionou a polícia. Um trecho de cerca de 400 metros da rua onde o objeto foi visto foi interditado para o trabalho dos policiais.
Dois dias depois, na segunda-feira (18), a polícia foi acionada para atender outra ocorrência relacionada a explosivo. Dessa vez, o artefato, uma granada caseira, foi encontrado no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha.
Ele foi jogado no local por um suspeito que tentava fugir da Guarda Municipal. O local foi isolado e o Esquadrão Antibombas foi acionado. Os policiais detonaram a bomba, que era composta por pregos e outros objetos cortantes.
Outros casos registrados no Espírito Santo
No dia 25 de setembro, o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar detonou um explosivo que foi encontrado em meio à capsulas de projéteis em um bairro de Vitória marcado por tiroteios devido à disputas entre traficantes.
Os militares foram acionados por moradores de Nova Palestina e a equipe do esquadrão chegou por volta das 10h, examinou a bomba e a detonou dentro de um equipamento para diminuir o risco de estilhaços.
No dia 15 de setembro, o Esquadrão Antibombas da Polícia Militar recolheu e explodiu, no bairro Andorinhas, em Vitória, uma granada.
Segundo os agentes, tratava-se de uma granada de fabricação caseira mas com alcance de destruição num raio de até 10 metros. O artefato continha pregos e metais em seu interior, o que poderia ferir muitas pessoas, numa primeira análise.
Saiba mais: Esquadrão antibombas retira e detona granada em Andorinhas. Veja vídeo!
Tudo aconteceu na rua Anestor Pedro, próximo à escola municipal Izaura Marques da Silva que teve uma vidraça atingida.
Como funciona o trabalho do Esquadrão Antibomba?
Para ações desse tipo, são necessários equipamentos de segurança e uma roupa de proteção. A vestimenta pesa 45 quilos. Depois começa a segunda etapa do trabalho do esquadrão: a identificação do explosivo.
O equipamento utilizado para identificação funciona por meio de raio-X, que ajuda na identificação do que há dentro da bomba. Dependendo da complexidade do explosivo, essa análise pode demorar cerca de 30 minutos.
Segundo o Tenente Coronel Rogério, a maioria desses objetos explosivos são utilizados por organizações criminosas.
"Provavelmente, a grande maioria é ligada à facções criminosas. Uma vez que esses tipos de artefato não são comumente encontrados ou utilizados fora do meio policial ou militar", afirmou.
Características das bombas e cuidados
Esses artefatos explosivos improvisados ou bombas caseiras são compostas por materiais perigosos, que propagam risco à sociedade. Além disso, de acordo com o Sargento Elísio, há outros objetos de metais.
"Eles são compostos por pólvora, estopim e também nós encontramos neles diversos projetos secundários, como metais, pregos, tarjas, pedaço de cerâmicas. Esses objetos podem estar causando danos à sociedade".
Por conta dessas composições, o sargento orienta a sociedade acionar o Esquadrão Antibombas para realizar a detonação e análise do objeto encontrado.
"A orientação principal é que não mexa, não toque e não recolha esse material. O que deve ser feito é isolar a área o máximo que puder e acionar o 190", ressaltou Elísio.
De acordo com o delegado André Landeira, a pena para este crime pode chegar de 4 a 10 anos de prisão. Podendo ser maior por conta das circunstâncias praticadas.
"A prática de crimes envolvendo explosivos estão ligados ou diretamente na subtração do roubo de explosivos, ou determinados crimes furtos e roubos, por exemplo, com emprego de explosivos. A pena desse crime pode chegar de 4 a 10 anos, dependendo da circunstância que foram praticados podem ser aumentados" contou o delegado.
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