Polícia

Policiais mortos foram atingidos por um tiro cada, diz secretário de Segurança do ES

Os militares estavam perseguindo um veículo com assaltantes e, ao abordarem os suspeitos, foram surpreendidos pelos criminosos

Foto: Reprodução

As investigações sobre a morte dos soldados da ´Polícia Militar, Bruno Mayer Ferrani, de 30 anos, e Paulo Eduardo de Oliveira Celini, de 29, já resultaram na prisão dos quatro suspeitos de participação do crime. Agora, os trabalhos continuam e uma das linhas de investigação é entender a dinâmica do crime.

Em entrevista ao programa Espírito Santo no Ar, da TV Vitória/Record TV, desta segunda-feira (17), o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, coronel Márcio Celante, afirmou haver imagens que mostram que houve vários disparos. No entanto, ainda não se sabe se os policiais chegaram a atirar.

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"A investigação inicial foi para a prisão. Agora temos que avançar para entendermos a dinâmica dos fatos. Pelo som que temos de uma câmera de vídeo, observamos diversos disparos. A viatura foi atingida por um disparo e os policiais também foram atingidos por um disparo cada um. Vamos agora entender a dinâmica, número de disparos, armas utilizadas e se há outros criminosos na ação", disse.

Outro ponto a ser investigado leva ao início do crime, que envolve um assalto. Uma das vítimas chegou a ser atingida de raspão.

"Vamos avançar nas investigações. Tem as vítimas de roubo na Leste-Oeste, uma delas levou um tiro de raspão. Em tese, não de uma arma utilizada na morte dos soldados. Então essas investigações continuam a fim de confirmar a participação de outras pessoas e de que arma pode ter sido utilizada nesse assalto", afirmou o secretário.

O crime

Os militares estavam perseguindo um veículo com assaltantes e, ao abordarem os suspeitos, foram surpreendidos pelos criminosos, que se esconderam atrás de um caminhão. Os militares chegaram a ser socorridos, mas não resistiram e morreram.

Poucas horas após o crime, quatro criminosos envolvidos na morte dos policiais foram presos. São eles: Éric da Silva Ferreira, de 45 anos, Luana de Jesus Luz, de 26 anos, Erica Lopes Ferreira, também de 26 anos e Eduardo Bonfim Meireles, de 40 anos. 

Foto: Reprodução

As primeiras prisões aconteceram no bairro Padre Gabriel, também em Cariacica, local onde os criminosos abandonaram o carro usado no crime. Na ocasião, o motorista do veículo, Eric da Silva e a namorada, Luana Jesus, foram encontrados nas proximidades e, ao serem abordados, confessaram a participação no crime.

Os outros dois, Eduardo Bonfim e Erica Lopes, que participaram efetivamente da morte dos policiais, foram presos em um motel, no mesmo município. Eles confessaram que se esconderam e que tinham bebido a noite toda em comemoração ao aniversário de 40 anos de Eduardo. 

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Mortes não têm ligação com ataques

O secretário Márcio Celante, garantiu, em entrevista coletiva, que as mortes de dois soldados em Cariacica, nesta madrugada, não tiveram nenhuma relação com os ataques criminosos, em especial a coletivos, ocorridos na última semana na Grande Vitória.

Segundo a autoridade, o caso tratou-se tão somente de um roubo, em que houve um trabalho efetivo dos policiais, mas que infelizmente os dois acabaram morrendo. "Foi uma ação covarde dos criminosos e a investigação com mais profundidade vai conseguir confirmar toda a dinâmica desse crime", disse.

Para ele, a solução do caso foi mais uma resposta quase imediata das forças de segurança à criminalidade no Estado. Ele contou, em coletiva, que o trabalho de buscas pelos suspeitos teve início por volta de 3h da manhã, e que, com menos de 7h, contando com um serviço intenso de inteligência, integrado entre a Sesp, a PM e PC, foi possível prender os quatro criminosos.

"As forças de segurança do Estado deram resposta imediata em Santa Leopoldina, na semana passada e na data de hoje (16). Então as nossas polícias estão preparadas e é muito importante esse trabalho integrado entre as forças na elucidação do crime e na prisão dos criminosos", afirmou.

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