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Acusado de tráfico foi baleado em evento político de Muribeca na Serra

Suspeito de 32 anos empunhou uma arma para executar um integrante de uma facção rival, em Central Carapina

Redação Folha Vitória

Foto: divulgação SESP

Um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi baleado quando passava próximo à carreata do candidato a prefeito da Serra, Pablo Muribeca (Republicanos). O caso aconteceu na quarta-feira (23), na região de Central Carapina.

De acordo com a Polícia Civil, o rapaz de 32 anos tentou matar um rival que teria visto na rua por onde estava a comitiva do candidato, junto da esposa e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, do mesmo partido.

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O candidato foi ouvido pela polícia. O delegado afirmou que, durante o interrogatório, Muribeca afirmou que não foi vítima de homicídio e que o suspeito não chegou a apontar a arma para ele.

"Não houve tentativa de homicídio contra o candidato ou contra o prefeito Lorenzo Pazolini. Um integrante de uma facção criminosa confessou que realizou uma tentativa de execução contra um rival", explicou o chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.

Ainda de acordo com o delegado, a rua onde a comitiva se deslocava é o ponto que divide as regiões de influência de duas facções criminosas que atuam na região.

O suspeito, que, de acordo com testemunhas, portava um revólver 38 dourado, avistou um rival e empunhou a arma para tentar executá-lo.

Um membro da comitiva de Muribeca viu o suspeito armado, e se atracou com o homem. O suspeito efetuou disparos para o alto para dispersar a multidão e, enquanto fugia, foi atingido na perna direita.

Nas imagens de videomonitoramento é possível ver a comitiva de Muribeca transitando. Em cima do carro, estão o candidato e o prefeito reeleito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos).

Antes dos disparos, pessoas caminham acompanhando os veículos, balançando bandeiras com número de urna de Muribeca e vestidos com blusas azuis e amarelas. Após os tiros, cujos registros foram cortados da câmera, os integrantes da comitiva se dispersam.

O delegado explicou que o disparo que atingiu o suspeito teria sido efetuado por um membro da comitiva de Muribeca, que afirmou durante o interrogatório que havia 4 pessoas armadas na equipe de campanha.

"Tudo indica que o tiro veio de um membro da comitiva do candidato, que afirmou haver entre 3 a 4 pessoas armadas junto a ele na noite desta quarta-feira", disse.

O integrante da comitiva de Muribeca que se atracou com o suspeito foi interrogado pela polícia e afirmou que não atirou contra o suspeito.

O homem de 32 anos foi encontrado pela polícia para um hospital na Serra. Segundo a polícia, ele confessou ter efetuado disparos para o alto e negou ter apontado a arma para Muribeca. De acordo com o suspeito, a intenção era executar o integrante da gangue rival que avistou no local.

O suspeito de 32 anos tem passagens na Justiça por tráfico, e foi autuado por crime de disparo de arma de fogo. Ele foi preso e teve a fiança estipulada em R$ 10 mil.

Em uma rede social, o candidato lamentou o ocorrido e disse que confia no trabalha da polícia. "Não desejo isso para nenhuma família, nenhum morador, nenhum ser humano. A população da Serra é gente do bem, trabalhadora e não merece esse tipo de situação. Graças a Deus, todos estão bem. Confiamos nas autoridades policiais para que os responsáveis sejam investigados e punidos", disse.