Advogada do ES é investigada por tráfico, finge estar grávida e acaba presa
A advogada foi presa em flagrante e, após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva
A advogada capixaba Camila Carnielli, de Barra de São Francisco, foi presa na cidade de Mantena, Minas Gerais, pelo crime de tráfico de drogas. A suspeita apresentou um exame de gravidez pedindo a transferência para cumprir a pena em casa. A prisão domiciliar foi revogada após ser constatada fraude no laudo de gravidez.
A suspeita foi presa na última terça-feira (15), em uma operação das polícias do Espírito Santo e de Minas Gerais. Com ela, foram encontrados uma unidade de substância semelhante a maconha, de 4,63 gramas, além de dois cheques e R$2.983,95 em espécie.
LEIA TAMBÉM:
Filho e funcionário de fazendeiro assassinado são presos no ES
VÍDEO | Casal é suspeito de furtar R$ 120 mil em computadores de faculdade em Vitória
Ladrões matam policial durante tentativa de roubo de moto BMW
Além disso, com ela também estavam sete celulares, dois cartões de memória, uma máquina de cartão, uma nota promissória no valor de R$ 10 mil, dois comprovantes de depósito no valor de comprovantes de depósito no valor de R$ 2.825 e um comprovante de saque no valor de R$ 200. Havia também um caderno com possíveis anotações sobre o tráfico de drogas.
A advogada foi presa em flagrante e, após audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva.
Durante a mesma audiência, a prisão preventiva foi convertida em domiciliar, após apresentação do exame de gravidez por parte da defesa da suspeita, o que garantiu a ela o alvará de soltura, para que cumprisse a pena em casa.
No entanto, o serviço de Inteligência da 14ª Delegacia Regional, em Barra de São Francisco, recebeu informações de que o exame seria falso e uma investigação foi iniciada.
Após a apuração dos fatos, foi constatado que de fato se tratava de um documento falso e, por conta disso, o delegado de polícia requereu a revogação da prisão domiciliar, o que foi atendido pela Justiça.
O que diz a defesa
Por meio de nota, Wanderson Viana Fernandes Vital, advogado de defesa da suspeita, alegou que a prisão domiciliar foi revogada com base apenas em informações dadas ao juiz pelo delegado.
Além disso, segundo ele, o exame apresentado por Camila é verdadeiro e que isso será provado pela defesa no decorrer do processo.
O advogado diz ainda que a prisão da suspeita foi feita de forma ilegal, uma vez que Camila foi encaminhada a uma cela comum, que não foi vistoriada pela Ordem dos Advogados Brasileiros do Espírito Santo (OAB-ES).
"Desde a prisão da acusada, que foi totalmente ilegal, violando todas prerrogativas da investigada, a inserido a mesma em uma cela de preso comum, que não foi vistoriada pela OAB/ES, que não é reconhecida como Estado Maior, conforme prever o art. 7 inciso V da lei 8.906/1994. Os fatos apresentados pelo o senhor delegado, não condiz com a realidade, que será provado pela defesa, no decorrer do processo", afirmou no documento.