Casal de “coiotes” é alvo da PF na Praia da Costa e tem Porsche bloqueada
Segundo a Polícia Federal, o casal teria enviado mais de 120 pessoas para os Estados Unidos de maneira ilegal. Vítimas usavam documentos falsos
Um casal suspeito de enviar ilegalmente brasileiros para os Estados Unidos foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) no Espírito Santo. O órgão não divulgou a identidade dos acusados.
A operação foi realizada durante a manhã desta terça-feira (1º) em dois endereços ligados ao casal: em um apartamento na Praia da Costa, em Vila Velha, e em Governador Valadares, em Minas Gerais.
Durante a ação, foram localizados com os acusados um carro de luxo, uma Porsche azul, relógios de luxo e documentos falsos.
Leia também:
> Policiais do ES ajudam idosa a carregar compras e vídeo viraliza
> Confronto termina com adolescente morto e ônibus apedrejado
> Homem é baleado após tiroteio em rua na Serra e ameaça a guardas
A operação da Polícia Federal foi iniciada após uma denúncia. Diante disso, foi identificado, durante as investigações, que o casal teria enviado mais de 120 brasileiros para os Estados Unidos.
Segundo as investigações, as viagens aconteciam passando pelo México e de lá, as vítimas seguiam para os Estados Unidos.
"Os suspeitos, além de promoverem a imigração ilegal, também estavam relacionados com uma investigação que aconteceu nos EUA. O homem estava sendo investigado pelo condado de Nova York e pelo ministério da Justiça de lá com o intuito de promover a imigração do Canadá para os EUA", narrou o delegado Arnaldo Carrara.
Muitos dos brasileiros tiveram a nacionalidade falsificada, por isso, entraram nos Estados Unidos e no México como ucranianos, por conta da facilidade de asilo humanitário, por causa da guerra.
Segundo o delegado, foi realizado um pedido para a Vara de Governador Valadares, de medidas cautelares de busca e sequestro de bens, “no teto de R$ 55 mil” e também promovido o bloqueio de um veículo de luxo.
Além disso, um carro localizado com o casal, uma Porsche azul, não poderia ser vendida durante a investigação.
"O juiz aderiu a busca e apreensão de bens nas residências desse casal. Vale ressaltar que eles mantinham um domicílio em Governador Valadares e na Praia da Costa", descreve o delegado Carrara.
Apesar das suspeitas, o casal não foi preso, mas deve responder em liberdade por diversos crimes, como, promoção de imigração ilegal, envio irregular de criança e adolescente para o exterior e falsidade ideológica. As penas dos crimes podem somar até 16 anos de reclusão.
*Com informações do repórter Vitor Zucolotti, da TV Vitória/ Record