Polícia

Filhos de capixaba morta pelo ex-marido na França estão em hospital

A irmã da vítima declarou que a família quer trazer os dois adolescentes, de 14 e 17 anos, de volta ao Espírito Santo

Nicolas Nunes

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Facebook: @juliana.deoliveirasalomao

Os filhos de 14 e 17 anos de Juliana de Oliveira Salomão, capixaba morta a facadas na França pelo ex-marido, Marcelo Salomão, estão em um hospital sob os cuidados do país europeu.

A irmã da vítima, Danielle de Oliveira Pigatti, que mora em Nova Venécia, no Espírito Santo, disse que um parente vai até a França encontrar os adolescentes, e que a família quer trazer os garotos de volta ao Espírito Santo. 

Leia mais:

>> Capixaba é morta na frente dos filhos na França; marido é suspeito do crime

>> Acusado de tráfico foi baleado em evento político de Muribeca na Serra

>> "Tentou salvar o irmão", diz avó de jovem morto a facadas em Cariacica

"Os dois estão em um hospital para tratamento psicológico sob a tutela do governo da França. Ainda não conseguimos falar com eles porque os dois estão sob custódia do estado. Um colega de trabalho da minhã irmã foi quem nos disse que meus sobrinhos estão fora de perigo", destacou Danielle.  

Em entrevista ao jornal Nova Onda, de Nova Venécia, a irmã da vítima afirma ainda que parentes que moram na França estão se mobilizando para cuidar dos menores de idade.

"Temos parentes que moram na região onde ela vivia, que vão ajudar, e que vão tentar ficar com as crianças até que a nossa família resolva os procedimentos junto à Justiça francesa", contou.

Foi o adolescente mais velho quem acionou a polícia após o crime. Ele ficou ferido ao tentar impedir que a mãe fosse morta.

Juliana tinha 41 anos e foi para a França com o então marido e os dois filhos há 5 anos com objetivo de ter condições melhores de vida. Ela trabalhava em uma empresa de limpeza.

Ainda ao jornal Nova Onda, Danielle contou que a família da vítima sabia das agressões, e pediu para a capixaba voltar ao Espírito Santo, mas Juliana respondeu que queria ajudar o ex-marido.

"Pedimos para ela vir embora, dissemos que ajudaríamos com as crianças, mas ela respondeu que queria ajudá-lo, para que ele não cometesse nada contra si mesmo. Mas ele invadiu a casa dela e cometeu o crime contra ela", relatou.

De acordo com a família, após um casamento de 25 anos, a vítima se separou de Marcelo Salomão há três meses devido a agressões. Ela inclusive havia conseguido uma medida protetiva contra o ex-marido.

A capixaba era natural da cidade de Vila Valério, mas morava em Nova Venécia, na região Norte do Espírito Santo, antes de ir para Europa.

Sobre os sobrinhos, que estavam com a mãe na hora do crime, Danielle explicou o que a família pensa fazer.

"Nossa intenção é trazê-los para o Estado, para que eles passem um tempo aqui e depois decidam o que querem fazer. Nós vamos conversar isso em família e respeitar a vontade deles", declarou.

Danielle disse também que é necessário aguardar. "Temos que esperar porque tudo corre por meio da Justiça da França".

Juliana foi assassinada aos 41 anos. De acordo com a irmã, após um casamento de 25 anos, a vítima se separou de Marcelo Salomão devido a agressões. Ele ameaçava se matar e fez ameaças dizendo "que se (Juliana) não fosse ficar com ele, não ficaria com mais ninguém".

Segundo o jornal francês Frontières, uma equipe da polícia foi informada sobre o crime pelo filho mais velho do casal, de 17 anos. O adolescente também ficou ferido ao tentar impedir o assassinato da mãe. Marcelo Salomão tirou a própria vida após o crime.