Fraude bancária com "laranjas": PF cumpre mandado em Alagoas após ação na Serra
Mandados de busca e apreensão foram deflagrados pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória
A Justiça Federal em Vitória determinou o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na casa de um homem de 47 anos suspeito de integrar esquema de “laranjas” que realizava fraudes eletrônicas em contas bancárias em todo o país. O mandado foi cumprido nesta quinta-feira (10) pela Polícia Federal no imóvel que fica em Maceió, capital de Alagoas.
LEIA TAMBÉM:
> Policial penal morre em acidente a caminho do trabalho em Alegre
> Chuva deixa 3 cidades do ES em alerta para deslizamentos
> Incêndio em garagem destrói três ônibus do Transcol em Cariacica
Segundo as investigações da Polícia Federal, o suspeito alvo da ação foi o destinatário de mais de 30 transferências bancárias da Caixa Econômica Federal, que provocaram prejuízos que ultrapassaram R$ 30 mil.
A Operação Vergel, como foi batizada a ação desta sexta-feira (11), é decorrente da Operação Não Seja Um Laranja 2, deflagrada pela PF em maio de 2023. Na época, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Praia de Carapebus, na Serra.
"A ação foi realizada na casa de uma mulher que teria sido beneficiária de mais de 10 boletos bancários pagos com valores de vítimas que possuíam contas bancárias na Caixa Econômica Federal", descreve o órgão.
Durante as investigações do material apreendido, a Polícia Federal identificou que parte dos valores recebidos pela mulher da Serra eram transferidos para contas bancárias do homem de Maceió.
"Com isso, era caracterizada uma movimentação financeira entre múltiplas camadas de contas bancárias, especialmente de contas digitais, em variadas instituições financeiras, objetivando dificultar a identificação e o rastreio dos valores e das pessoas envolvidas", explica a Polícia Federal.
Projeto Tentáculos
A operação “Não Seja Um Laranja” faz parte do Projeto Tentáculos, que tem como um dos principais pilares um Acordo de Cooperação Técnica entre a Polícia Federal e a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN).
Vigente desde outubro de 2017, a ação se consolidou como referência interna e internacional de cooperação público-privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas.
Nos últimos anos, a Polícia Federal detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento.
"O 'lucro fácil', com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos. Tais pessoas são conhecidas popularmente como 'laranjas'", finaliza o órgão.