Seis suspeitos estavam envolvidos na trama que aconteceu no dia 17 de julho, em um condomínio de Itaparica, em Vila Velha, onde R$ 1 milhão foi furtado de um cofre no apartamento de uma empresária. O dinheiro foi usado para comprar armas e drogas, segundo a polícia.
Participaram do crime Herica Lucide Custódia, 44 anos, funcionária que trabalhava na casa; Brenda Custódia Marques, filha de Herica, de 29 anos; um suspeito chamado Diego Souza Ferreira, de 37 anos, que está foragido; Josileide Neiman Sales, 42 anos, advogada de Diego; outro homem conhecido como Gordinho, e mais um suspeito, que veio de São Paulo, e que não foi identificado pela polícia até o momento.
Com a cifra obtida no furto, Brenda comprava armas e drogas, enquanto a advogada era paga com o dinheiro furtado.
Herica foi presa em flagrante no dia do crime, e três pessoas foram detidas na última quarta-feira (9), suspeitas de envolvimento na trama.
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De acordo com o delegado Gabriel Monteiro, chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), a funcionária e outros dois suspeitos se conheciam em Cariacica.
“Herica, Gordinho e Diego já se conheciam de Cariacica, faziam festas juntos. Como a funcionária trabalhava no apartamento dessa empresária, ela conseguiu informações privilegiadas sobre o cofre e alguns malotes de dinheiro. Com isso, eles entraram em contato com o indivíduo de São Paulo, e combinaram para ele vir e cometer esse furto, mas tentaram simular um roubo”, explicou.
Gabriel Monteiro disse também que a advogada, que foi presa, sabia de tudo, que estava sendo paga com o dinheiro do crime e que a filha de Herica usou a quantia para comprar drogas e armas.
“A advogada estava extrapolando o direito legal que ela tem, e estava sendo paga com o dinheiro do furto, e a filha da funcionária estava utilizando a quantia para comprar e vender armas de fogo, e obter drogas”, pontuou.
O delegado disse ainda que, na última quarta-feira (9), foi apreendida, na casa de Gordinho, uma pistola importada, com seletor de rajada e diversas munições, além de R$ 127 mil.
O delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, informou que ainda há um suspeito não identificado, e diz que existem pessoas que vêm de fora do Estado para cometer esses crimes.
“Ainda temos um suspeito não identificado, que é exatamente quem veio de fora do Espírito Santo. São pessoas que vêm de fora para pegar esses crimes aqui, e essas ocorrências também vêm acontecendo ultimamente em outras grande metrópoles”, destacou.
Suspeito tentou invadir imóvel usando peruca
O delegado Gabriel Monteiro explica que, antes de 17 de julho, Herica, Gordinho, Diego e o suspeito de São Paulo tentaram entrar no apartamento porque a empresária havia saído, mas a dona da casa voltou rapidamente e inviabilizou o crime.
No dia em que foi presa em flagrante, Herica disse aos policiais que havia uma mulher envolvida, o que gerou desconfiança e motivou investigações aprofundadas.
“Nós conseguimos comprovar que, na primeira ação deles, que foi frustrada, o Gordinho usou uma peruca de cabelo comprido. Então, a funcionária se confundiu dizendo que havia uma mulher envolvida, sendo que não havia”, explicou.
De acordo com a polícia, Diego tem passagens na Justiça pelos crimes de roubo e de tráfico de drogas, um mandado de prisão preventiva em aberto e continua foragido até o momento.
De acordo com Cleverton Lopes, chefe do setor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o carro do suspeito preso na quarta-feira (9) era clonado, e isso corroborou com as investigações.
“O veículo original transitava em Santa Catarina, e ao confirmarmos que se tratava de um clone, pudemos confirmar a participação do carro no crime do suspeito preso na última quarta-feira”, afirmou.
Relembre o caso
No dia 17 de julho, um apartamento de um edifício em Itaparica foi supostamente invadido por três suspeitos, que simularam um roubo com a funcionária que trabalhava no local, e o grupo furtou R$ 1 milhão em dinheiro de um cofre.
De acordo com o relato da diarista, ela estava trabalhando quando uma mulher armada apareceu já dentro do apartamento. Ao render a vítima, outros dois homens entraram no local e amarraram a funcionária dentro de um quarto.
Ao perceberem a movimentação, os vizinhos acionaram a polícia e, logo depois, a Guarda Municipal de Vila Velha chegou ao local.
A empresária moradora do apartamento e as duas filhas chegaram ao local quando a polícia já estava no prédio. Todos foram levados para a delegacia e a funcionária precisou fazer exame de corpo de delito.
*Com informações do repórter Rodrigo Schereder, da TV Vitória/Record