Mecânico é assassinado a tiros em comício em Fundão
A vítima e o suspeito eram amigos e teriam tido um desentendimento por conta de um serviço
O mecânico Silvaney Jadir de Araújo, de 38 anos, foi assassinado a tiros após uma briga em um comício em Timbuí, distrito de Fundão, na madrugada de 29 de setembro.
A vítima e o suspeito eram amigos e teriam tido um desentendimento por conta de um serviço prestado por Silvaney, de acordo com familiares do mecânico, o que teria levado a uma briga.
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A esposa de Silvaney, Marília Freitas, relatou que a confusão teria começado após o suspeito não gostar do serviço oferecido pelo marido. Silvaney teria, inclusive, batido o carro do homem acidentalmente durante um teste de direção.
Marília relatou que o mecânico ainda tentou negociar com o suspeito, uma vez que o homem lhe devia R$ 1 mil, mas ele não aceitou.
"Foi uma questão de trabalho e de ferramentas. Ele sempre disse que não daria certo, mas o dono do carro insistiu em fazer. Deu errado e em um momento de teste, Silvaney bateu o carro sem querer. Ele começou a ameaçar o meu marido, que ficou com raiva, porque ele devia R$ 1 mil para o meu marido", disse.
Após a discussão, ambos teriam se encontrado no comício, onde se desentenderam novamente e acabaram trocando socos. A confusão foi apartada por amigos dos dois.
O suspeito foi embora do local, mas voltou cerca de meia hora depois, em um carro. Com ele, estavam mais três pessoas dentro do automóvel. Ele teria chamado Silvaney para conversar.
Ao se aproximar do carro, uma mulher que estava no banco do carona, ao lado do suspeito, saiu do automóvel e desferiu um tapa no rosto do mecânico. Foi neste momento também que o suspeito sacou uma arma.
A esposa do mecânico tentou intervir na briga, mas não adiantou. Silvaney foi alvejado por pelo menos quatro tiros. Os familiares do mecânico ligaram para o Samu.
Suspeito fugiu do local
O suspeito fugiu do local e acabou capotando o carro durante a fuga. Ele abandonou o veículo na estrada e junto com os outros ocupantes do automóvel, foram embora do local.
Frequentadores do comício souberam da localização do veículo e se dirigiram até o local. Eles acabaram ateando fogo ao carro.
Silvaney foi encaminhado ao Hospital Jayme dos Santos Neves por uma equipe do Samu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
"Chegamos lá e falaram que ele havia sido atingido de raspão e que não era preocupante. Na mesma hora levaram para o hospital e quando chegaram lá, deram a notícia que ele tinha morrido", contou Cleusa Maria Godinho, mãe da vítima.
Segundo ela, o suspeito se apresentou na delegacia horas depois do assassinato. Ele teria sido ouvido e liberado, por ter escapado da situação de flagrante.
"Eu penso assim, tem essa lei que a pessoa mata que nem cachorro. A pessoa confessa e não pode prender por conta de horas, eu penso que é preciso ter justiça. Se não, como vai ser? As pessoas matando umas as outras?", indagou a mãe da vítima.
Na ocasião, a Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação e que nenhum suspeito teria sido detido. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica. Mais informações sobre o caso não serão repassadas.
*Com informações do repórter Roger Nunes, da TV Vitória/Record