Polícia

MPES pede prisão de diplomata condenado por matar a mulher em Vitória

O diplomata espanhol Jesús Figon Léo foi condenado a 9 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato, em julgamento realizado em março do ano passado

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/TV Vitória

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pediu a prisão imediata do diplomata Jesús Figón Léo, condenado por matar a esposa Rosemary Justino Lopes a facadas, em um apartamento em Jardim Camburi, em Vitória, em maio de 2015.

O pedido ocorre em cumprimento à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) pela prisão imediata de condenados pelo Tribunal do Júri, independentemente do julgamento ou apelação ou de qualquer outro recurso. 

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"O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da 1ª Procuradoria de Justiça Recursal, informa que pediu a prisão imediata do réu Jesús Figón Léo, condenado ao cumprimento de pena em regime fechado em 2023, pelo Tribunal do Júri, pelo assassinato da esposa em 2015. Contudo, o réu interpôs recurso, que aguarda decisão. Assim, durante o trâmite processual, o Ministério Público pediu à Justiça o cumprimento imediato da pena, com fundamento na soberania dos veredictos do Tribunal do Júri", informou o MPES por nota. 

O diplomata espanhol foi condenado a 9 anos e quatro meses de prisão pelo assassinato, em julgamento realizado em março do ano passado. O crime ocorreu no ano de 2015. 

A sentença foi proferida pelo júri composto por sete pessoas  pela juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage, da 1ª Vara Criminal de Vitória, que presidiu o júri.

Mulher foi morta com cinco facadas

Jesús Figon Léo foi acusado pelo Ministério Público de Estado do Espírito Santo (MPES) de assassinar Rosemary Justino Lopes, 56 anos, em maio de 2015. Eles eram casados havia mais de 30 anos. 

Ela foi encontrada morta com cinco facadas no apartamento que o casal morava, no bairro Jardim Camburi, em Vitória. Na época, ele alegou que a esposa sofria de problemas psicológicos e de alcoolismo.

Foto: Reprodução TV Vitória
Rosemary e Jesús Figon

O espanhol chegou a confessar o crime, mas na Justiça, ele mudou a versão e afirma que ela teria se suicidado. Após o crime, o passaporte do diplomata foi confiscado, porém devolvido posteriormente por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele, então, voltou para a Espanha, em 2017.

Alto comissário da polícia espanhola, Jesús Figón era conselheiro de interior e trabalhava em Brasília. Ele era responsável por mediar a investigação de crimes envolvendo cidadãos espanhóis em território brasileiro.

Antes de vir ao Brasil, ele tinha o cargo máximo como chefe de polícia da cidade de Alcalá de Henares, que faz parte da província de Madrid. 

O Folha Vitória busca contato com a defesa de Jesús Figon Léo. Este texto será atualizado após a devida manifestação.