Polícia

"Não teve motivação política", diz secretário sobre morte de sogros do prefeito de Cachoeiro

As vítimas, Cacilda Vetoraci Duarte, de 77 anos, e Luiz Geraldo Duarte Ignez, de 80 anos, eram sogros do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Sesp

O secretário de Segurança do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, afirmou que o assassinato dos sogros do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), não teve motivação política. O crime foi registrado na terça-feira (8). 

As vítimas, Cacilda Vetoraci Duarte, de 77 anos, e Luiz Geraldo Duarte Ignez, de 80 anos, pais da primeira-dama Keila Vetoraci, eram proprietárias de um hotel localizado no bairro Baiminas, em Cachoeiro.

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Durante coletiva de imprensa, o delegado afirmou que os dados iniciais sugerem um latrocínio, ou seja, o roubo seguido de morte. Ainda não há uma linha de investigação voltada para a motivação política. 

"Os dados iniciais coletados sugerem de forma muito clara um latrocínio, ou seja, eles planejaram um roubo naquele estabelecimento e, por algum motivo, em algum momento, eles resolveram também, para assegurar que eles saíssem dali livremente com esses bens roubados, matar esse casal de forma brutal", disse Damasceno.

Segundo o secretário, o casal investigado pelo assassinato fingiu ser hóspede do hotel para cometer o crime. Entretanto, já chegaram lá com a intenção de roubar. 

"O casal fingiu ser hóspede do hotel. Eles já chegaram lá com essa intenção, com o planejamento de roubar o casal. E para roubar, eles ainda cometeram um duplo homicídio", descreve o delegado. 

“Crime realmente repugnante”, descreveu Damasceno 

O delegado narrou que o crime foi considerado “repugnante”. 

"Agiram com extrema brutalidade. Assassinaram o casal e ainda mataram os animais do casal (dois cães), reviraram todo o estabelecimento e levaram os objetos que tinham interesse para eles".

A pena para o crime de latrocínio, que é roubo seguido de morte, varia de 20 a 30 anos de prisão. 

“E neste caso ainda tem o agravante de ter sido cometido contra pessoas mais vulneráveis, por serem idosos”, completou o secretário, que informou que o Ministério Público foi convidado para participar das diligências.

O delegado-geral José Darcy Arruda classificou o crime como perverso e banal.

"É um crime muito bárbaro! A ação foi muito rápida, isso foi importante, pois é um crime difícil de prever ou prevenir. O inquérito policial seguirá seu rumo e ao seu término será encaminhado ao Ministério Público. Esperamos a condenação em breve".