Polícia

Irmão de prefeito de Cachoeiro morreu há 10 anos em acidente; leia relato emocionante

Dez anos atrás, em 2014, dois anos antes de entrar na vida política, Victor Coelho perdeu o irmão, então deputado estadual Glauber Coelho, num acidente de carro

Aline Dias

Redação Folha Vitória
Foto: Reinaldo Carvalho/Ales

O assassinato dos sogros não é a primeira tragédia na vida do prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho (PSB). Dez anos atrás, em 2014, dois anos antes de entrar na vida política, o prefeito perdeu o irmão, então deputado estadual Glauber Coelho (na época, também no PSB), num acidente de carro.

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Glauber era uma promessa da política capixaba e estava fazendo campanha para sua reeleição de deputado estadual, com perspectiva de ser um dos mais bem-votados da Assembleia Legislativa quando bateu o carro no interior de Cachoeiro.

Ele ficou dez dias internado, na época, entre a vida e a morte, causando comoção de seus apoiadores, amigos e familiares. Glauber morreu no dia 20 de agosto de 2014, e seus órgãos foram doados.

Ele sempre dizia que sua missão era melhorar a vida das pessoas, e tinha sido candidato a prefeito de Cachoeiro em 2012, perdendo por muito pouco para o ex-prefeito Carlos Casteglione (PT). 

Glauber também foi vereador por três mandatos e dedicou quinze anos de sua vida à carreira política. Ele morreu com 40 anos. 

Foto: Reprodução / Instagram

No dia 20 de agosto deste ano, Victor Coelho publicou as imagens acima e o texto abaixo em seu Instagram:

Escrevi esse texto um mês depois da morte do meu irmão. Já se passaram 10 anos e o tempo continua cruel...
30 DIAS SEM VOCÊ
Parece que foi ontem... Meio clichê, mas é a pura verdade. Difícil acreditar que você não vai mais abrir a porta e me abraçar. Primeiro viria uma careta. Depois "E aí, Negona!"
Tempo.
Queria ser Chronos. Queria que o Gênio da Lâmpada aparecesse pra mim. Meu primeiro pedido seria voltar no tempo. Voltaria ao nosso tempo de criança. Seria tão bom dar vida a velhas fotografias...
Lá fora chove... Lembra de brincar na chuva no meio da rua? A gente deitava no meio fio e deixava a "correnteza" nos levar. Era tão divertido!
Tempo.
Não, ele não cura. Aliás, ele só machuca. Meu segundo pedido seria parar o tempo. Não deixaria nunca chegar em 10 de agosto de 2014. Um dia pra ser esquecido. Impossível, eu sei. O tal do tempo sempre vai me lembrar...
Tempo.
Ainda tenho um terceiro pedido. Pediria para saltar no tempo e ir direto para o dia em que novamente iremos nos encontrar!
Te amo, Binho... pra sempre!"