Psicólogo era considerado “tio” do assassino, diz investigação da PC
Marcelo Souza Moreira, 21 anos, confessou o assassinato nesta segunda-feira (15) após uma abordagem em Village do Sol, em Guarapari
O psicólogo Silvestre Falcão Santana, de 56 anos, encontrado morto em um apartamento na Praia do Morro, em Guarapari, conhecia Marcelo Souza Moreira, 21 anos, desde a infância e era considerado um “tio”.
O jovem confessou o assassinato nesta segunda-feira (15), após uma abordagem em Village do Sol. Segundo informações repassadas pela Polícia Civil nesta terça-feira (15), o caso está sendo tratado como latrocínio, ou seja, Marcelo teria matado Silvestre para roubar.
Leia também:
> Adolescente de 16 anos é assediada em ônibus do Transcol na Serra
> Criminosos invadem casa e matam criança de 11 anos a tiros em Linhares
> Polícia conclui investigação de roubo milionário em apartamento
Durante entrevista, a titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Guarapari, delegada Rosane Cysneiros, explicou que o assassino conhecia a vítima desde a infância.
"Ele conhecia a vítima há muitos anos, desde a sua adolescência, já havia recebido apoio na clínica que o psicólogo possuía. Havia também recebido apoio psicológico, que vinha acontecendo semanalmente", narra a delegada Rosane.
Ainda conforme a delegada, Marcelo Souza tinha uma dependência química, entretanto, não era considerado “algo muito intenso”.
"O paciente falou que já estava uma coisa mais controlada e queria um apoio. E na clínica também ele auxiliava a vítima por ser uma pessoa já conhecida, desde a infância e ali ele foi ganhando confiança. Mas, como era um lugar que tinha toda uma estrutura de regras, voltou à atividade criminal", diz a delegada.
Também foi destacado, durante a coletiva, que o suspeito tem diversas passagens pelo sistema prisional por conta dos crimes cometidos desde a adolescência. Entretanto, a última liberação teria acontecido em agosto deste ano.
Marcelo roubou senhas e usou cartão para comprar roupas e alianças
A Polícia Civil considera que o assassinato foi premeditado. Segundo a corporação, horas antes do crime, Marcelo encaminhou uma mensagem para a namorada afirmando que “iria ficar com o carro do tio”.
Além disso, Marcelo roubou senhas e usou o cartão de crédito do psicólogo para fazer compras, entre elas roupas e um par de alianças para a namorada.
“Ele sabia qual cartão da vítima era ilimitado. Depois que comete o crime, ele foi para o computador que tinha acesso, imprimiu todas as senhas de cartões. Além disso compra aliança, compra roupas e começa a se organizar na intenção de comprar um terreno", descreve.
Ainda segundo a delegada, o suspeito foi detido no momento em que se deslocava na intenção de comprar um terreno no bairro Village do Sol, em Guarapari.
Delegado-geral ressaltou trabalho eficiente da PC
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, destacou que o trabalho foi realizado de maneira bem feita, rápida e com base na integração entre a Polícia Civil.
"Foi um trabalho integrado e quando reunimos nossas forças o resultado é esse! Quero parabenizar toda a Polícia Civil por essa eficiência e por uma resposta tão rápida para um crime tão bárbaro que foi esse!", destacou o delegado-geral.
Após a prisão pelo assassinato do psicólogo ele foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) em Guarapari.