Empresário preso por fraude em fios elétricos tentou interferir em investigações, diz polícia
O suspeito foi preso em agosto durante a primeira fase da operação que investiga a fabricação e a comercialização de fios irregulares, mas antes, segundo a polícia, ele teria tentado interferir na apuração do caso
O empresário preso na primeira fase da Operação Elétron, segundo a Polícia Civil, tentou interferir nas investigações. Ainda durante a primeira fase da operação, realizada em agosto, a fábrica do suspeito, que fica na Serra, foi apreendida.
Durante coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira (16), o titular da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), delegado Eduardo Passamani, o suspeito, que já era alvo de outra investigação, teria tentado interferir na apuração do caso antes de ser preso.
"Antes de dar inicio a primeira etapa da operação, que culminou na prisão do empresário, nos fizemos uma busca e apreensão. Enquanto fazíamos a análise, houve a tentativa de interferência do empresário nas investigações, tanto de 2019, que já se encontrava na Justiça, quando nas investigação que se iniciava na Decom", explicou o delegado.
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A operação é realizada pela Polícia Civil com apoio da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado e o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (IPEM-ES).
Na segunda fase da operação, realizada em agosto, dez empresas que revendiam os produtos irregulares foram alvos da investigação. Cerca de 40 mil metros de fios foram apreendidos em lojas espalhadas por Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica.
Em outubro, durante a terceira fase da operação, mandados de busca e apreensão foram cumpridos no escritório de uma empresa investigada por fabricar e comercializar fios elétricos em desacordo com as normas vigentes e na residência do dono. Segundo as investigações, o material irregular foi usado em quase 20 unidades de saúde e em creches da Grande Vitória.
A Justiça também autorizou o bloqueio de bens do empresário avaliados em cerca de R$ 10 milhões. Entre os itens bloqueados estão salas comerciais, um apartamento, um terreno, motos e até carros antigos de coleção.