Polícia

Bares de Vila Velha são vistoriados por suspeita de comercializar cerveja adulterada

Operação de busca e apreensão aconteceu em Vila Velha, Alfredo Chaves e Serra

Foto: Divulgação/Sesp

O combate à comercialização de bebida adulterada continua no Espírito Santo. A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) cumpriu seis mandados de busca e apreensão em Vila Velha, Alfredo Chaves e Serra nesta quarta-feira (23). A ação é um desdobramento da investigação que prendeu oito pessoas suspeitas de comercializar cervejas adulteradas em Vila Velha, em junho deste ano.

Durante a operação foram apreendidos notebooks, celulares, documentos e amostras da bebida que pertenciam a três empresários suspeitos de comercializar o produto. Além disso, diversos bares de Vila Velha foram vistoriados por suspeita de adquirirem e comercializarem cervejas adulteradas e também tiveram amostras da bebida apreendidas.

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De acordo com o delegado responsável pela operação, Eduardo Passamani, o esquema acontece desde o ano passado no Espírito Santo e existem indícios de que a organização atue também nos estados de Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo ele, um dos envolvidos viajava até o Rio Grande do Sul e trazia uma cerveja mais barata, que custa cerca de R$ 2, e uma vez no Estado, junto dos dois comparsas realizava a adulteração de uma cerveja de marca conhecida e então revendia o produto.

Após a adulteração, o preço passava por um grande aumento, podendo ser vendida por cerca de R$ 5 a R$ 6, o que demonstraria um lucro muito grande por parte dos suspeitos.

"Esse produto vinha do Rio Grande do Sul, eles traziam um caminhão por semana para fazer essa adulteração, ele trazia em torno de R$ 1 milhão e meio por mês em mercadoria, o que seria um lucro de uns 50%, isso que equivaleria a cerca de 20 mil garrafas, que é uma estimativa", relatou.

Ainda de acordo com Eduardo, além de lesar o consumidor, os suspeitos podem responder por comercialização de produto impróprio para consumo, uma vez que após ser aberta a bebida perde a qualidade, e por fraude fiscal.

Como saber se estou consumindo cerveja adulterada?

Segundo o delegado, a operação tem por objetivo antecipar os passos da organização criminosa e evitar que o produto adulterado chegue a bares e distribuidoras, mas existem algumas precauções para que o consumidor não seja lesado.

Algumas delas são checar garrafa e rótulo. "A garrafa diz muito sobre o produto, se estiver com o rótulo mal colocado, uma tampa amassada ou com ferrugem, se houver algum indicativo, não compre, não consuma", alerta. 

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV

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