Polícia

Tragédia em Aracruz: atirador é ex-aluno de escola e planejava atentado há dois anos

O adolescente de 16 anos foi apreendido na tarde desta sexta-feira (25). Durante a manhã, duas professoras e um aluno foram mortos em duas escolas de Aracruz

Gabriel Barros

Foto: Reprodução

O adolescente de 16 anos, apontado como autor dos ataques que ocorreram em duas escolas de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, foi apreendido na tarde desta sexta-feira (25). Ele era ex-aluno de uma das unidades alvo do ataque.

A informação foi divulgada pelo governador do Estado durante uma coletiva de imprensa. Segundo Renato Casagrande, o adolescente, que não terá o nome divulgado por ser menor de idade, teria planejado o crime nos últimos dois anos e escolheu esta sexta-feira para colocá-lo em prática. O motivo do crime não foi revelado pelo suspeito, que ainda presta depoimento à polícia. 

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O secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, explicou que o adolescente estudou na Escola Estadual Primo Bitti até junho deste ano, quando foi transferido para outra escola. O nome da unidade não foi informado.

"Fizemos uma análise rápida. Não estou preocupado com desempenho de nota. Minha preocupação é saber, por exemplo, se ele era aluno especial. Isso poderia indicar alguma situação. Ele não era. E depois se havia na ficha alguma anotação de conflito, também não havia nada. Não há nada além do registro escolar", disse. 

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Santos Arruda, disse durante a coletiva que, inicialmente, o adolescente não tinha um alvo definido para os ataques.

Na manhã desta sexta-feira, o adolescente invadiu a Escola da Rede Estadual Primo Bitti e, em seguida, ele foi até o Centro Educacional Praia de Coqueiral. Para se locomover entre uma escola e outra, ele usou o carro do pai.

Foi por meio do veículo que os policiais militares, investigadores da Polícia Civil e os agentes da Polícia Rodoviária Federal conseguiram localizar o adolescente.

Durante os ataques, duas professoras e um aluno foram mortos. Outras 13 pessoas ficaram feridas. O adolescente confessou o crime.

Com ele, foram encontrados uma pistola ponto 40 e um revólver calibre 38. A pistola era da Polícia Militar e pertencia ao pai do adolescente, que faz parte da corporação. A patente dele, no entanto, não foi informada. O revólver era uma arma particular do pai. 

Os pais do adolescente, segundo a polícia, colaboraram com a ação que terminou com a apreensão do filho. Eles, ainda de acordo com as informações reveladas na coletiva, estavam abalados com o ocorrido.