Polícia

Ex-padrasto é preso suspeito de matar meninos com açaí envenenado

Ythallo e Benjamim tinham 6 e 7 anos, respectivamente. Inicialmente, a informação era a de que uma desconhecida tivesse dado bombom envenenado para eles

Redação Folha Vitória

Foto: Reprodução
Ythallo Raphael e Benjamim: mortos com chumbinho

O ex-padrasto de um dos meninos que morreram após serem intoxicados com veneno de rato foi preso após se entregar na Divisão de Homicídios da cidade do Rio de Janeiro na noite desta terça-feira (12). Rafael da Rocha Furtado chegou à delegacia acompanhado da mãe, da irmã e de três advogados.

Ele é suspeito de envenenar e matar Ythallo Raphael Tobias Rosa e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 6 e 7 anos, respectivamente, após dar aos garotos açaí contendo chumbinho, em Cavalcanti, na zona Norte do Rio.

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A investigação concluiu que Rafael, que era padrasto de Benjamim, deu o doce ao menino como forma de vingança contra a mãe dele. O amiguinho da criança acabou também comendo o açaí.

Segundo a Delegacia de Homicídios, o acusado e a mãe do garoto mantiveram um relacionamento até julho deste ano, mas Rafael não aceitou o término. Essa é a principal linha de investigação para a motivação do crime.

O mandado de prisão temporária contra Rafael tem validade de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30. Os advogados dizem que Rafael vai provar a inocência.

Foto: reprodução vídeo
 Rafael se entregou ao lado da mãe, da irmã e de três advogados

Versão inicial era de bombom envenenado

A perícia do Instituto Médico Legal confirmou que os dois garotos ingeriram chumbinho. Inicialmente, acreditava-se que o veneno estivesse em um bombom, mas os depoimentos apontaram que foi um copo de açaí.

A intoxicação aconteceu no dia 30 de outubro, quando os dois amigos deram entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na zona norte da cidade.

O mais novo chegou à unidade com uma parada cardiorrespiratória e foi reanimado, mas não sobreviveu. Benjamin também foi atendido, mas morreu dias depois.

Segundo familiares, os meninos eram colegas de escola e teriam passado mal depois de comer um bombom oferecido por uma desconhecida na rua, versão agora descartada pela polícia.

*Com informações do R7