Polícia

Filho e nora são condenados por morte de ciclista em Cachoeiro

O casal foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa de Doramir Monteiro da Silva

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Redes Sociais

João Victor Brito Silva e a companheira dele, Beatriz Gasoni de Azevedo, foram condenados pelo assassinato do ciclista e motorista de aplicativo Doramir Monteiro da Silva, pai de João Victor, em 2022. A decisão foi tomada após júri popular realizado nesta quinta-feira (21), em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. 

João Victor foi condenado a 22 anos de prisão e a 1 ano e seis meses de detenção no regime semi-aberto. A nora da vítima recebeu pena de 20 anos e 6 meses de prisão e outros 6 meses de detenção. 

LEIA TAMBÉM: 

>>Bebê vítima de tortura teve perna quebrada com 1 mês de vida; mãe é suspeita

>>Operação prende membros de facção ligada ao tráfico no ES

>> Caminhoneiro é preso por tentativa de estupro após perseguir mulher na rua

O casal foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. 

Além disso, também houve condenação por ocultação de cadáver, coação no curso do processo e fraude processual. João Victor também foi condenado por posse ilegal de arma de fogo. 

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 28 de junho de 2022. O filho e a nora de Doramir foram acusados de doparem o ciclista e, instantes após o início dos efeitos, desferirem várias facadas contra ele. Na sequência, colocaram a vítima no porta-malas do próprio carro e a levaram para o sítio da família de Beatriz, na localidade de Estrela do Norte, em Castelo.

Segundo alegação do filho da vítima, que confessou ter cometido o crime junto à companheira, a motivação do assassinato teria sido um suposto assédio, com conotação sexual, à noiva gestante.

João Paulo havia sido adotado pela vítima 24 anos antes do crime e ele e a namorada moravam junto com Doramir. 

Para tentar ocultar o crime, João Victor e Beatriz limparam a casa onde assassinaram o ciclista com água e cloro. Apesar disso, a perícia encontrou sangue em todo o imóvel, mesmo após a limpeza. 

Após o assassinato, o casal cobriu a vítima com um lençol e em um tapete. Doramir foi encontrado uma semana depois do crime.