Uma funcionária de 27 anos da Defensoria Pública do Espírito Santo, na Serra, no bairro Jardim Limoeiro, foi vítima de racismo durante um atendimento e a suspeita do crime, de 37 anos, acabou presa nesta terça-feira (5).
A funcionária relatou que, ao orientar uma mulher sobre os documentos necessários para o processo de solicitação de um defensor público, ouviu que ela não aceitava ser atendida por uma mulher negra, exigindo que o serviço fosse prestado exclusivamente por um funcionário branco.
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Segundo a polícia, a mulher estava no local para resolver um problema de invasão a uma casa que possui.
Com a denúncia de racismo, a Polícia Militar foi acionada e uma equipe se dirigiu ao local. Durante a abordagem, a mulher confirmou a recusa em ser atendida pela funcionária negra e reiterou o pedido por um funcionário branco. Diante disso, a suspeita foi conduzida à Delegacia Regional da Serra.
A Polícia Civil informou que a mulher foi autuada em flagrante por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Ela foi encaminhada para o Centro Prisional Feminino de Cariacica.
De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), a suspeita já havia sido presa no dia 15 de setembro e foi solta no mesmo dia. A acusação na época foi descumprimento de medida protetiva que a própria mãe pediu contra a filha.
Defensoria Pública repudia caso
Em nota, a Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo repudiou o caso. Veja abaixo o texto enviado pelo órgão.
“A Defensoria repudia veementemente todo e qualquer ato de racismo como o sofrido por uma de nossas atendentes na unidade de atendimento da Serra. Na ocasião, uma mulher se recusou a ser atendida por preconceito à cor da pele da nossa colaboradora. Ao ser identificado o ato de racismo, a polícia foi acionada e as providências adotadas para assegurar os direitos e a dignidade da nossa funcionária”.