Condenado a 10 anos e dois meses de prisão por participação no assassinato da médica Milena Gottardi, Bruno Rodrigues Broetto deixou a prisão. De acordo com o advogado Leonardo da Rocha, a liminar foi expedida nesta sexta-feira (10).
Agora, Bruno deverá se apresentar à Justiça a cada dois meses para comprovação de endereço. O procedimento deve ser realizado por cerca de dois anos.
De acordo com a Secretaria de Justiça (Sejus), o nome de Bruno ainda constava no sistema prisional na manhã deste sábado (11), na Penitenciária Estadual de Vila Velha 3, unidade de regime fechado.
No julgamento do caso, ocorrido em agosto deste ano, Bruno foi condenado por um homicídio simples. Preso desde setembro de 2017, ele tinha direito de progressão de pena para o regime aberto.
De acordo com o Código Penal, o indivíduo condenado a um crime não hediondo pode solicitar a progressão de regime após cumprido um sexto da pena. Como está preso há quatro anos e três meses, a defesa de Bruno requereu a soltura.
Considerando a pena de 10 anos e dois meses aplicada ao réu, Bruno teve direito de passar para o regime semiaberto após um ano e oito meses no fechado. Já para conseguir progredir para o aberto, foram necessários mais um ano e cinco meses, totalizando três anos e um mês.
Bruno conduziu a moto que deu fuga ao atirador
Bruno foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPES) como o responsável por conseguir a moto utilizada para o assassinato de Milena Gottardi. Segundo a denúncia, ele repassou o veículo ao cunhado, Dionathas Alves Vieira, que confessou ter atirado contra a médica.
Na denúncia apresentada pelo MPES, Bruno havia sido indiciado por homicídio qualificado. Leonardo da Rocha destaca que, se ele fosse condenado por esse crime, provavelmente teria de esperar mais um tempo para poder conseguir passar para o regime aberto.
“Em função do conselho de sentença ter acolhido as teses apresentadas pela defesa, e afastado a qualificadora do feminicídio e do uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, além do reconhecimento da menor participação no crime, o Bruno foi condenado por um homicídio simples. Dessa forma, como ele já alcançou o requisito para passar para o regime aberto, ele poderá ir para casa. Ele já está com cadeia vencida em cerca de sete meses”.
Todos os seis réus foram condenados
Além de Bruno, todos os outros cinco réus acusados de participação no homicídio de Milena Gottardi foram condenados. O juiz Marcos Sanches ainda estipulou uma multa de R$ 700 mil de indenização coletiva para a família da vítima. A multa vale para todos os seis réus julgados e condenados.
Bruno Broetto, acusado de ter fornecido a moto para Dionathas cometer o crime, teve a culpabilidade reconhecida e foi condenado a 10 anos e cinco dias de reclusão. Segundo o juiz, o acusado sabia que a moto seria utilizada para um crime e entregou uma motocicleta irregular ao outro réu.
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