Polícia

Caso Marvila: suspeitos usaram anel de perito para fazer cordão

Durante as investigações, a polícia chegou à conclusão de que o perito foi executado devido a um processo de venda de parte do Jockey Clube

Foto: Divulgação / Polícia Civil

Durante as investigações do desaparecimento do perito Celso Marvila, uma fato chamou a atenção da polícia. Na casa de um dos suspeitos foi encontrado um cordão de ouro, avaliado em R$ 20 mil. Segundo a polícia, o adereço foi feito com o anel da vítima.

A Operação Manga-larga foi deflagrada pela Polícia Civil nessa quarta-feira (21), com o intuito de prender os envolvidos na execução de Celso Marvila, perito aposentado de 64 anos e presidente do Jockey Clube, que fica em Itaparica, em Vila Velha.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

"Foi um trabalho exaustivo. Mais de 300 horas de vídeos analisados, vários dados analisados, 52 pessoas ouvidas na delegacia. Chegamos a conclusão que os seus participaram da execução", afirmou o delegado Tarik Souki.

Os presos foram identificados como o sargento do Corpo de Bombeiros, Wenos Francisco dos Anjos, de 44 anos, mais conhecido como Kalêu; o irmão dele, Wesley Francisco dos anjos, de 49 anos, empresário do ramo rural; a namorada do sargento, Andressa Rodrigues Corrêa, de 27 anos, cozinheira do Jockey e Anderson Sirilo, de 40 anos, também funcionário do estabelecimento. 

Durante as investigações, a polícia chegou à conclusão de que o perito foi executado devido a um processo de venda de parte do Jockey Clube, avaliado em aproximadamente R$ 150 milhões. As apurações da polícia mostraram que Celso  teria cassado e cancelado alguns títulos, inclusive o de um amigo. A partir disso, surgiram desavenças.

"Apuramos que a desavença é o motivo do crime foi pela venda do Jockey. Parte dos fundos foi vendida por R$ 40 milhões e estava em processo de venda da parte da frente, algo em torno de R$ 140 ou 150 milhões. Marvila estava encabeçando tudo", afirmou o delegado.

As investigações apontaram ainda que Celso Marvila foi executado entre 17 horas e 18h30 do dia 03 de agosto, em um Pavilhão do Jockey. Ainda segundo a polícia, dos seis presos, cinco estavam no Jockey no dia e horário do assassinato.

"Analisamos todas as imagens de videomonitoramento possíveis. Conseguimos imagens importantes, como a câmera que filma pavilhão. Pela investigação foi possível determinar veículos, horário que o carro da vítima é levado para ser incendiado", disse o delegado.

Para a polícia, não há dúvidas de que o perito foi executado.

"Eles usaram técnicas antigas de execução. Alguns são profissionais em execução. Traçamos perfil de alguns. Participam de grupo de extermínio, narcotráfico, então tem costume de fazer isso. Incendeiam carros e desaparecem com o corpo", contou o delegado.

Ainda de acordo com a polícia, na casa do policial militar reformado foi encontrado um colar de ouro, avaliado em cerca de R$ 20 mil, que foi feito com o anel do perito. As investigações agora continuam para que o corpo de Celso Marvila seja localizado.

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV

Pontos moeda