Polícia

Pai é assaltado ao sair para marcar consulta para filha com deficiência em Vila Velha

A filha da vítima tem encefalopatia crônica. Por causa do assalto, o pai não conseguiu marcar a consulta da criança, que passou por uma cirurgia recentemente e precisa de acompanhamento

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação

Um homem teve o ciclomotor roubado por dois criminosos quando seguia para um hospital onde iria marcar uma consulta para a filha com deficiência. O crime aconteceu no bairro São Torquato, em Vila Velha.

"Quando eu olhei no retrovisor, eu vi o vulto do farol. Quando ele estava me passando, eu achei que ele estava me cortando. Dei passagem para ele me cortar", contou Cleudion Ferreira dos Santos à reportagem da TV Vitória/Record TV.

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O homem revelou ainda como foi a dinâmica do crime. "Eles encostaram, botaram o revólver na minha cara, pediram para encostar a moto e mandaram voltar para trás. Levou cinco segundos, em cinco segundos levaram a moto", contou.

A filha de Cleudion é portadora de encefalopatia crônica e, por causa do assalto, ele não conseguiu marcar a consulta dela. "Eu estava indo marcar um acompanhamento médico para minha filha que é especial, ela tem que fazer um acompanhamento médico", explicou.

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Segundo o homem, a menina acabou de fazer uma cirurgia. "Ela tem que voltar para fazer o acompanhamento. Eu acordei era 3h da manhã, 4h30 da manhã eu fui lá marcar o médico e aconteceu isso. É uma perca bem grande", contou.

O pai disse que demorou quase dois anos para conseguir acertar o ciclomotor, que comprou danificado e, em questão de segundos, perdeu tudo o que investiu.

"Peguei ela por R$ 500 na época. Hoje, se eu for colocar na ponta da caneta, eu já gastei lá pra uns R$ 3,5 mil a R$ 4 mil. Hoje, ela estava seminova, ela estava ótima. Colocava R$ 10 de gasolina, era médico na Apae, no Infantil de Vitória, no Infantil de Vila Velha, não gastava nada. De uma hora para outra, perdi", desabafou.

Cleudion e a esposa têm quatro filhas, de 11, 8, 3 e 1 ano e nove meses. Desde que a filha mais nova nasceu, o rapaz precisou parar de trabalhar e começou a realizar trabalhos informais para ajudar a esposa nos cuidados com a neném.

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O homem faz um apelo na esperança de recuperar o bem da família. 

"Quem fez isso, coloca a mão na consciência. Eu tenho quatro filhos pequenos e trabalho na diária, não tem como eu conseguir outra moto. Agora, como eu vou correr atrás de médico da minha filha?", desabafou.

A orientação da Polícia Civil é que as vítimas procurem a delegacia para registrar o boletim de ocorrência para que o caso possa ser investigado.

*Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória/Record TV.

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