Polícia

“Ele fazia ameaças na frente das filhas”, diz família de mulher morta no ES

Thielly Beneta Grechi, de 26 anos, foi assassinada no último sábado (23), em Atílio Vivácqua, na frente das filhas. O suspeito de cometer o crime é o ex-marido

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Uma mãe jovem, feliz, pronta para ajudar todos”, dessa forma a família descreve Thielly Beneta Grechi, de 26 anos assassinada covardemente, com três tiros nas costas. O crime foi registrado no sábado (23), na comunidade Alto São José, em Atílio Vivácqua, no Sul do Espírito Santo. 

No local, os policiais encontraram o pai de Thielly, que relatou que a jovem teria sido morta pelo seu ex-companheiro. O homem relatou ainda que o crime teria sido presenciado por suas netas, que o avisaram do ocorrido. Buscas foram realizadas, mas o suspeito não foi localizado no momento do fato.

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O crime chocou um familiar, principalmente pelo fato de que “as ameaças se concretizaram” na frente das filhas.  Em entrevista ao Folha Vitória, ele explicou, que algumas brigas eram motivadas porque o homem não aceitava que ela trabalhasse. Com isso, realizada ameaças para “deixar o serviço”. 

"Nos últimos meses ela queria se separar, mas ele não queria. Até que ela começou a trabalhar e desta fez ela passou a enfrentar ele falando que não ia largar o serviço. Com isso ele fazia muitas ameaças, chegando a colocar um canivete no pescoço dela na frente das filhas", descreve. 

Com a situação, é explicado que a Polícia Militar foi acionada para retirar o agressor de casa. Entretanto, as ameaças continuaram por telefone. “Ele continuou conversando e ameaçando. Ele já estava com esse pensamento de matar ela há mais de um mês”. 

“Ela era uma mãe que nunca vi igual na vida”, diz família 

O familiar também narrou que a jovem era muito vaidosa, além de uma mãe exemplar, filha dedicada e irmã carinhosa.

“Ela era uma mãe que nunca vi igual na minha vida. Nos últimos tempos as postagens dela eram falando que ela só suportava tudo por elas. Ela era pronta para ajudar a todos da família em que precisasse", descreveu. 

Além disso, a jovem era considerada uma menina amorosa com todos à sua volta, inclusive com o ex-marido, durante o período em que eram casados. “Ela fez tudo que podia e que não podia ajudar ele sempre”. 

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A jovem e o ex-companheiro ficaram juntos por quase 8 anos, tiveram três filhas e o relacionamento foi marcado por ciúmes e muitas brigas. Neste período, segundo a família, o suspeito chegou a ser preso e, mesmo assim, Thielly fazia tudo o que podia para ajudá-lo.

"Ele era um cara bipolar. Tudo era motivo para arrumar uma briga e tinha muito ciúmes de todos, até com familiares. Ele não aceitava que ela trabalhasse, mas também não queria trabalhar. Todas as vezes que ela arrumava um emprego, ele começava a ameaçar ela e fazia tudo até ela pedir para sair."

Suspeito tinha passagem pela Justiça 

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Justiça (Sesp) confirmou que o suspeito possui entrada no sistema prisional a partir de junho de 2015 por tráfico de drogas. Ele foi solto em junho de 2019, por meio de alvará expedido pela Justiça.

A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Atílio Vivácqua e, para que a apuração seja preservada, detalhes não serão repassados. 

Além disso, o nome do suspeito ainda nao está sendo divulgado para não atrapalhar as investigações. 

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