Polícia

Borracheiro no ES é suspeito de aplicar golpe em banco digital

O golpista, de 24 anos, confessou o crime e forneceu informações sobre outras pessoas da organização criminosa

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Divulgação/Sesp

A Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra suspeitos de aplicar golpes contra um banco digital do Espírito Santo. Entre eles está um borracheiro, de 24 anos, que confessou o crime e forneceu informações sobre outras pessoas da organização criminosa. 

As investigações apontaram que o investigado transferiu cerca de R$ 50 mil para a conta de conhecidos. Os mandados de busca foram cumpridos no dia 19 de dezembro, nos municípios de Domingos Martins e em Vitória.

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A investigação do caso foi iniciada no ano de 2023, quando um banco digital denunciou golpes como cartões de crédito clonados, com um prejuízo de cerca de R$ 300 mil. 

Segundo o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Brenno Andrade, os golpes ocorreram em vários estados do Brasil, após uma falha no sistema de segurança da empresa. 

A partir da situação, os criminosos conseguiram dados de cartões de crédito e cadastraram nas contas que possuíam no banco digital. 

"Usuários das contas dessa empresa, cadastravam o cartão de crédito de terceiros, indevidamente e começavam a realizar transferências para outras contas bancárias. Essa empresa relatou na época um pico desse cadastramento, pois eles conseguem ver no sistema a quantidade de cartões inseridos", disse o delegado.  

Além disso, o delegado também afirma que ao perceberem a situação, ao pesquisaram na deep web-plataforma oculta online-descobriram que os criminosos estavam falando e comercializando os dados indevidamente. 

Entre os criminosos, foi identificado que o borracheiro realizou transferências de cerca de R$ 50 mil para contas de conhecidos. Entre eles estão uma ex-namorada, que recebeu R$ 28 mil, e um amigo. 

"Uma delas é uma ex-namorada desse indivíduo. Ela disse que recebeu a quantia de cerca de R$ 28 mil na conta bancária e não questionou o motivo desse recebimento. Outro amigo também recebeu a quantia de R$ 3 mil e não questionou, disse que não recebeu nenhuma vantagem financeira para essa conta", descreveu. 

Após a confissão, o suspeito alegou para a Polícia Civil que agiu com o impulso de um mandante para o crime. O homem, que não foi detido, possui passagem na Justiça pelo crime de tráfico de drogas, poderá responder pelo crime de furto mediante fraude. 

As investigações vão continuar para descobrir os mandantes do crime que estão aplicando os golpes no Espírito Santo e em outros estados do Brasil. 

"Esses são os alvos principais que a Polícia Civil tem mais interesse para saber quem são as pessoas que estão coordenando isso e aplicando os golpes. Falamos que é importante 'prender o cabeça' para estancar e cessar essa situação", finaliza Brenno Andrade. 

Delegado alerta sobre emprestar contas bancárias 

O delegado Brenno Andrade também afirmou sobre a necessidade de estar alerta ao emprestar contas bancárias para terceiros. 

"Isso porque você nunca sabe a origem real desse dinheiro. Se esse dinheiro possuir uma origem ilícita poderá inclusive responder por um crime", disse Brenno Andrade. 

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro da TV Vitória/ Record