Polícia

Posto que fraudava bombas de gasolina utilizava equipamento vindo do Rio de Janeiro

Segundo o delegado Eduardo Passamani, esta é a primeira apreensão do equipamento no Espírito Santo

Redação Folha Vitória

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Foto: Reproução/Sesp

Os dispositivos eletrônicos utilizados para fraudar bombas de gasolina em um posto de combustível de Jardim América, em Cariacica, eram usados há dois meses e vieram do Rio de Janeiro, apontou a investigação da Polícia Civil. 

Segundo o delegado Eduardo Passamani, titular da Delegacia de Defesa ao Consumidor, o intuito da fraude era colocar menos gasolina do que o valor pago pelos consumidores nos tanques dos automóveis. 

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"Os fiscais do Ipem fizeram a abertura da bomba e encontraram dispositivos eletrônicos que caracterizam fraude, ou seja, dentro das bombas existia um equipamento eletrônico que era acionado por um frentista ou alguém no posto por meio de um controle remoto, para que seja colocado menos combustível no tanque do consumidor", relatou. 

Os dispositivos eram operados por meio de controle remoto e acionados por algum frentista ou outra pessoa que estivesse no posto no momento do abastecimento de um veículo. 

Segundo Passamani, esta é a primeira vez que o aparelho é apreendido no Espírito Santo. 

"Foi a primeira vez que encontramos esse tipo de dispositivo que fraudava bombas de combustíveis. Como encontramos, pedimos a consumidores que se sentiram lesados para denunciarem via 181 e ligarem para a delegacia do Consumidor e a denúncia ao Ipem", disse.  

Fraude foi descoberta após denúncia anônima

A fraude no posto foi descoberta após uma denúncia anônima. Segundo o fiscal do Instituto de Pesos e Medidas do Espírito Santo (Ipem-ES), Eduardo Almeida, cada abastecimento entregava 6% a menos de gasolina, etanol e diesel aos consumidores. 

"Foi um abastecimento de 21 litros e 200 ml e ele entregou 20 litros. Temos uma medida padrão de 20 litros e enchemos ela até os 20 litros, observamos no instrumento, na bomba, e ela marcava 21 litros e 283 ml", contou. 

O dono do posto e  um frentista foram presos em flagrante. Eles responderão por crime contra o consumidor e crime contra a ordem pública. As penas variam de 6 meses a 2 anos para o primeiro crime de 1 a 5 anos para o segundo. O posto foi interditado. 

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record