Governo pode colocar PMs e “botão do pânico” em ônibus do Transcol
A paralisação aconteceu após ônibus incendiados, tentativa de colocar fogo em motorista e outro motorista baleado após tentativa de assalto
Os ônibus não saíram das garagens e com isso muita gente não pode ir para o trabalho. No Centro de Vitória algumas lojas não abriram porque os funcionários não conseguiram chegar. Só às 16 horas os coletivos voltaram a circular, mas com poucas linhas. A mobilização dos rodoviários garantiu uma audiência com o governador Renato Casagrande e o Secretário Estadual de Segurança, André Garcia, nesta terça-feira (30).
O governador anunciou a criação de um pacote de medidas para aumentar a segurança do sistema. Entre as medidas desse pacote do governo, está a criação de um grupo de trabalho, formado por três membros do sindicato que vai se reunir a cada 30 dias com o setor de inteligência da polícia. A primeira reunião aconteceu na tarde desta terça-feira.
O objetivo desses encontros será manter atualizadas as informações sobre linhas mais perigosas e os problemas que tem acontecido, assim a polícia vai saber exatamente onde deve reforçar o policiamento. Também foi determinado que um delegado fique responsável por todos os crimes que envolvam o transporte coletivo.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESP) ainda estuda colocar policiais fardados dentro dos ônibus, nas linhas com mais problemas e nos horários críticos. Também vai usar a tecnologia, como a instalação de um botão de emergência nos ônibus e ligação das câmeras do coletivos e terminais com o Centro Integrado de Policiamento (Ciodes).
“Não posso colocar um policial em cada ônibus, mas o que o sindicato sugerir e for possível fazer, nós vamos fazer. Também vamos identificar e prender quem baleou o motorista em Cariacica. Isso já é questão de honra”, afirmou o secretário André Garcia.
Paralisação
A paralisação dos rodoviários pegou a população de surpresa. No início da manhã os terminais ficaram fechados e os pontos de ônibus lotados. Parou 100% da frota do Transcol e das empresas que fazem as linhas em Vitória e em Vila Velha. Os motoristas e cobradores lotaram ônibus e foram se concentrar na Praça do Papa, onde protestaram contra a falta de segurança, o motivo da greve.
A categoria está com medo depois dos muitos casos de ônibus incendiados e a tentativa de colocar fogo em um coletivo lotado em Vila Nova de Colares, na Serra, na última sexta-feira (26). Outro caso foi do motorista baleado na cabeça durante um assalto em Cariacica, no último sábado (27). Ele permanece internado.