Polícia

Mais um ônibus incendiado por vândalos em menos de três dias na Grande Vitória

Apesar dos três ataques em menos de três dias, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) negou que ordens dadas de dentro de presídios tenham provocado as chamas nos coletivos

Dois coletivos foram incendiados no mesmo bairro Foto: ​Luã Quintão

Mais um ônibus foi alvo de vandalismo na noite da última segunda-feira (15) em menos de três dias. Só no bairro Marcílio de Noronha, no município de Viana, dois coletivos foram queimados. O crime aconteceu por volta das 20h30. O que sobrou do veículo após o incêndio foi retirado por um guincho por volta das 6 horas desta terça-feira (16). 

O coletivo que faz a linha Jardim Camburi x Marcílio de Noronha foi incendiado no ponto final do bairro. O motorista do veículo, que estava dentro do transporte na hora em que o crime aconteceu, contou para os policiais que oito adolescentes entraram no coletivo com garrafas de combustível nas mãos e dois estavam armados. O motorista disse que ele foi arrastado pelos suspeitos e em seguida atearam fogo no coletivo. 

A vítima contou que antes de fugirem os suspeitos disseram que o ataque foi em represália a operação da Polícia Militar, que aconteceu na última quarta feira (10), em Flor de Piranema. Na ocasião, dois suspeitos de cometerem crimes foram mortos. 

Os moradores do bairro Marcílio de Noronha estão apavorados com os ataques dos últimos dias. O presidente do Sindirodoviários esteve no local e disse que a linha incendiada atende cerca de 500 pessoas diariamente e por conta dos ataques os veículos não deverão seguir até o ponto final por tempo indeterminado. A decisão foi tomada por questões de segurança, mas na manhã desta terça-feira (16), os seletivos que fazem a linha continuam passando pelo ponto final do bairro. 

Este é o segundo coletivo alvo de bandidos no mesmo lugar. O último ataque aconteceu na madrugada do último domingo (14). De acordo com testemunhas, o ônibus do sistema Transcol estava parado no ponto final do bairro quando o incêndio começou. Nenhuma pessoa estava dentro do coletivo.

Apesar dos três ataques em menos de três dias, a Secretaria de Estado de Segurança Publica (Sesp) negou que ordens dadas de dentro de presídios tenham provocado as chamas nos coletivos. De acordo com a Sesp, a ideia é totalmente descartada, já que a inteligência da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) descartou  a hipótese.

Incêndio em Cariacica

O outro incêndio aconteceu em Cariacica, na noite da última sexta-feira (12). Um homem chegou ao ponto final da linha 736, no bairro de São Conrado, com uma arma e cinco litros de óleo diesel, rendeu o motorista e o trocador do ônibus, e ateou fogo no veículo.

O incendiário, que não foi identificado, ordenou que o motorista e o cobrador apanhassem os objetos pessoais e o dinheiro do caixa. Depois, jogou o óleo diesel no painel e ateou fogo no coletivo.