Policiais reforçam segurança em linhas de ônibus com maiores registros de violência na GV
Na noite da última quarta-feira, algumas linhas de ônibus já contavam com a presença dos militares; A lista com as linhas de ônibus que precisam de reforço foi apresentada pelos rodoviários
A reunião entre o Sindirodoviários e o Comando Geral da Polícia Militar, realizada na manhã desta quinta-feira (02), terminou com acordos de reforço na segurança dos ônibus na Grande Vitória.
Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Espírito Santo (Sindirodoviários) conversaram por cerca de 40 minutos com comandantes da Polícia Militar. Participaram do encontro os comandantes dos batalhões dos municípios da Região Metropolitana de Vitória, inclusive de Viana e de Guarapari.
De acordo com o Comandante do Comando de Polícia Ostensiva Metropolitana, tenente coronel Carlos Henrique França, não houve divergências entre a Polícia Militar e os rodoviários. “Até agora, as medidas que foram sugeridas pela Polícia Militar são medidas proativas que poderão tender a resolver esse problema”, disse.
Durante a reunião, o Comando Geral da PM se comprometeu a botar em prática as medidas anunciadas na última quarta feira (01) pelo secretário de Estado de Segurança, André Garcia. Entre elas, a que determina a presença de dois policiais militares nas linhas que têm o maior número de ocorrências criminosas e nos horários mais críticos.
Na noite da última quarta-feira (01), algumas linhas de ônibus já contavam com a presença dos militares. A lista com as linhas de ônibus que precisam de reforço na segurança foi apresentada por representantes do Sindirodoviários durante a reunião.
Segundo o Presidente do Sindirodoviários, Carlos Roberto Louzada, os motoristas e cobradores já começaram a sentir diferença no trabalho no transporte coletivo. “Muitos rodoviários falaram comigo que a polícia já começou a agir, que eles já trabalham com mais segurança nos ônibus”, disse.
Paralisação de rodoviários
A paralisação dos rodoviários pegou a população de surpresa no início da manhã da última terça-feira (30). Os terminais ficaram fechados e os pontos de ônibus lotados. Toda a frota que atende o sistema Transcol e das empresas que fazem as linhas em Vitória e em Vila Velha ficaram paradas. Pelos menos 300 motoristas e cobradores foram impedidos dentro das garagens de sair às ruas para trabalhar.
A paralisação aconteceu após um atentado contra um motorista do Transcol. Ele foi baleado na cabeça, durante um assalto a um ônibus, na noite do último sábado (27), em Cariacica. Os rodoviários exigiram mais segurança para motoristas, cobradores e passageiros do transporte coletivo da Grande Vitória.
Os ônibus voltaram a circular somente às 16 horas da última terça-feira (30), após uma reunião no Palácio Anchieta. Os representantes do Sindirodoviários aceitaram as propostas feitas pelo governador Renato Casagrande e pelo secretário de Segurança Pública do Estado, André Garcia.
Justiça proíbe paralisação surpresa
O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBUS) entrou com um pedido de liminar na Justiça para suspender a paralisação dos ônibus, sob risco de multa de R$ 100 mil por hora. A entidade lamentou os transtornos e danos causados à população capixaba.