“Não adianta a polícia ser forte se a legislação é fraca”, afirma secretário após morte de policial
Em entrevista coletiva, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, comentou sobre a morte do policial Daniel Santos Viana, de 20 anos, vítima de latrocínio
Em entrevista coletiva, o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, comentou sobre a morte do policial Daniel Santos Viana, de 20 anos, vítima de uma tentativa de assalto em frente a um posto de combustíveis desativado, na última segunda-feira (24). Para Garcia, a legislação é branda.
“Eu acredito primeiramente que temos um esforço geral para coibir qualquer tipo de crime. A vítima policial chama mais a atenção porque é um trabalho que envolve risco. Nós fomos ao Congresso Nacional, os secretários de segurança do Sudeste, e apresentamos propostas de alteração do código penal, inclusive, para agravar penas de crimes cometidos contra agentes do Estado e crimes com envolvimento de menores. Todas as propostas que os secretários elaboraram tem esse propósito para que a legislação seja nossa parceira. Nós temos um marco legal fraco. Não adianta a polícia ser forte se a legislação é fraca”, disse.
O crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (25). O policial militar Daniel Santos Viana, de 20 anos, foi baleado durante uma tentativa de assalto. Ele voltava para casa quando levou um tiro no abdômen. Daniel passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
A vítima se formou na Polícia Militar há três meses. Ele fazia parte do Batalhão de Vitória e há um mês estava lotado na 5ª Companhia do Batalhão da Serra. Segundo o pai da vítima, Daniel era muito presente na família e desde criança sonhava em ser policial.
O assalto
Daniel Santos Viana era filho de um sargento da Polícia Militar. O soldado saía do 6° Batalhão da Polícia Militar, no bairro Carapina, na Serra, quando foi rendido por criminosos. A farda, a arma e os pertences do jovem estavam dentro de uma mochila.
Segundo a polícia, ao ser abordado pelo criminoso, Daniel reagiu e se apresentou como policial. A vítima foi atingida por único disparo, mas de acordo com o pai, Daniel teria perdido muito sangue.
Um taxista que trabalha próximo ao local onde o crime aconteceu, contou à polícia que ouviu quatro disparos e, em seguida, viu um homem correndo em direção ao bairro Carapina Grande, mesmo município.