Polícia

Noivo mata dançarina de funk após descobrir segredos do passado

Amanda Bueno revelou que foi stripper e que havia sido condenada por uma tentativa de homicídio contra uma colega de trabalho de uma boate em Brasília

Amanda fez duas revelações para o noivo antes de morrer Foto: Reprodução Facebook

A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou a morte da dançarina de funk Amanda Bueno, de 29 anos. A jovem foi assassinada pelo noivo dentro de casa em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última quinta-feira (16). Para os investigadores, Milton Severiano Vieira matou a mulher por motivos passionais. Três dias antes do crime, Amanda revelou segredos do passado dela para o companheiro.

Amanda teria feito duas revelações para o noivo. O primeiro segredo é que ela havia trabalhado como stripper numa boate em Brasília. Além disso, a dançarina afirmou que teria tentado matar uma colega da boate. O caso ocorreu em 2007. Amanda atirou contra a mulher. Ela chegou a ser condenada a dois anos de prisão por tentativa de homicídio, mas respondia pelo crime em liberdade. As duas teriam discutido por motivo banal. Uma mexeu em pertences da outra. 

O assunto, até então desconhecido por Milton, foi discutido pelo casal dentro de casa. Com ciúmes, ele ofendeu Amanda. Para se vingar, o homem marcou um encontro com uma ex-namorada. Tudo foi fotografado, filmado e enviado para a dançarina.

Num primeiro momento, a polícia acreditou que o ataque de fúria de Milton foi motivado pelo ciúme de Amanda. Após o encontro, o suspeito voltou para casa, discutiu com a dançarina e bateu várias vezes com a cabeça dela numa pedra. Em seguida, atirou contra a noiva.

Na última sexta-feira (17), a Justiça decretou a prisão preventiva de Milton Severiano Vieira, que confessou à polícia ter assassinado a ex-integrante da Jaula das Gostozudas. O suspeito alegou que teve um surto.

De acordo com o delegado Fabio Cardoso, titular da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), o suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, inclusive pelo feminicídio, porte ilegal de armas de fogo e roubo. Se for condenado, ele pode pegar uma pena de até 67 anos de prisão (somando as penas máximas desses crimes).

Com informações do R7