A polícia divulgou nesta sexta-feira (29) as imagens de videomonitoramento que a ajudaram a chegar até os acusados de terem participado do assassinato da cabeleireira Maria Lucas Moura, de 45 anos, na última terça-feira (26), em um salão de beleza de Jucutuquara, em Vitória. Quatro pessoas tiveram a prisão decretada na quinta-feira (28), por envolvimento no crime.
As imagens mostram o momento em que Thiago Andrade Dimas, que confessou ter sido o autor do homicídio, chega ao salão e também quando ele foge após o crime. Ele chega de moto e, depois de estacionar, surge na calçada, indo para o salão com uma camisa azul e óculos escuros. Após verificar o movimento na rua, ele entra no salão. Logo depois de executar a cabeleireira, ele passa correndo na rua e foge.
De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), delegado Adroaldo Lopes, a polícia chegou até Thiago por meio da camisa que ele usava na hora do crime. Segundo o delegado, o acusado trabalhava na empresa do pai e estava com o uniforme de trabalho, que tem o telefone da empresa nas costas.
“Com esse telefone, nós fizemos o serviço de inteligência e chegamos no proprietário. Quando vimos que ele tinha um filho que já tinha respondido por homicídio e tentativa de homicídio, pegamos a foto da identidade dele e vimos que era a mesma pessoa que caminhava em direção ao estabelecimento onde houve o crime. Chamamos uma testemunha ocular, que afirmou com absoluta certeza de que se tratava do autor dos disparos”, contou Adroaldo.
Veja o vídeo divulgado pela polícia:
Prisão
Foram presos Darliane Pedrosa da Silva, de 24 anos, acusada de ser a mandante do crime; o taxista Pedro Paulo Rodrigues, que teria intermediado o crime; Thiago Andrade Dimas, apontado como o executor; e um cabeleireiro, acusado de esconder a arma usada no crime.
De acordo com Adroaldo Lopes, Darliane mandou assassinar Maria porque gastou um dinheiro que a vítima havia lhe dado para que fosse escondido. O delegado explicou que esse dinheiro, que seria mais de R$ 100 mil, foi depositado pela cabeleireira na conta da acusada, considerada pela vítima como amiga, para que o marido não soubesse da existência desse valor. Como a suspeita gastou parte dele e não tinha dinheiro para pagar, resolveu cometer o crime.
Darliane, no entanto, negou o crime. Ela confirmou que as duas eram amigas e que a vítima queria esconder o dinheiro porque estava em processo de separação do marido.
Já Thiago confirmou que Darliane pagou para que ele cometesse o crime. Segundo ele, o taxista apenas apresentou os dois, que trataram do negócio diretamente. O acusado disse que recebeu uma arma e R$ 6 mil como forma de pagamento.
A Justiça acatou o pedido do titular da DHPM de bloquear a conta bancária de Darliane. O delegado alegou que a acusada poderia continuar usufruindo do dinheiro de maneira indevida, contratando advogados para defendê-la no processo, por exemplo. Além disso, a intenção é proteger o dinheiro para que ele seja destinado aos herdeiros da vítima.