Soldado morto com requintes de crueldade será enterrado em São Mateus
O corpo do policial militar assassinado na Serra foi liberado do Departamento Médico Legal, na manhã desta segunda-feira (31). O enterro será nesta terça-feira
O pai do policial militar Ítalo Bruno Pereira Rocha, de 25 anos, esteve no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para fazer a liberação do corpo do filho, na manhã desta segunda-feira (31). De acordo com familiares, o velório do soldado vai acontecer a partir das 16 horas na capela do Cemitério Municipal de São Mateus. Já o enterro será nesta terça-feira (1), às 10 horas.
“É um choque triste. Um jovem assim a gente nunca espera que isso aconteça. O natural da vida é que os filhos sepultem os pais. Como tio a gente vê uma inversão e fica preocupado, pois isso tem sido o reflexo do mundo atual”, disse José Carlos, tio da vítima.
A todo o momento chegavam ao DML amigos e pessoas próximas ao PM para ter notícias do velório. Outro tio do policial veio de madrugada do Rio de Janeiro e explicou como a família recebeu a notícia.
“Eu estava em casa, já deitado, quando o celular tocou e era a notícia do que tinha acontecido com ele. Ficamos sem saber se era verdade, pois a menina que ligou nem era parente. Procuramos saber e infelizmente tinha acontecido”, contou Wesley Eduardo, outro tio de Ítalo.
O policial assassinado com requintes de crueldade fazia parte do Grupo de Apoio Operacional (GAO) do 6º Batalhão há cinco anos, segundo os familiares. Quem convivia com a família de Ítalo Bruno contou que a profissão do jovem era motivo de muita preocupação, principalmente dos pais.
O crime
O policial foi executado a tiros e pedradas na noite do último domingo (30), em Jardim Carapina, na Serra. Ítalo estava com outro amigo que também é soldado. Ele morreu no local após ser atingido e o outro PM foi baleado.
Secretário
O secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, se pronunciou sobre a morte do Policial Militar. Nas redes sociais, ele disse que o crime não ficará impune. “A morte de um policial, antes de ser uma tragédia para família e para corporação, é um atentado contra toda a sociedade", afirmou.
Prisão
Poucas horas após o assassinato, três suspeitos do crime foram presos. Um deles estava com o celular do policial militar. Os acusado foram levados para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).