Após atirar contra o soldado da Polícia Militar Daniel Martins da Silva, de 24 anos, o colega de farda Michel Pancieri França, de 27 anos, foi liberado do Quartel da Polícia Militar, em Maruípe, Vitória. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), ele foi solto por meio de alvará do plantão judiciário do Tribunal de Justiça.
Segundo a Polícia Militar, a Corregedoria da PM está instaurando o processo administrativo disciplinar visando julgar a conduta do soldado.
O tiro que matou o PM teria sido disparado durante um patrulhamento de rotina na Serra. A polícia trabalha com a hipótese de que o tiro tenha sido disparado acidentalmente.
“Nós recebemos a notícia ainda pela manhã que durante o início do serviço um dos policiais, ao manusear a arma de fogo, provocou um disparo acidental que provocou a morte do companheiro. Esse mesmo policial conduziu a viatura até a UPA de Serra Sede, mas infelizmente ele não resistiu”, afirmou o coronel Ilton Borges, corregedor da PM.
O caso aconteceu na manhã do último sábado (19), na estrada de Queimados, área rural de Serra Sede. De acordo com a corregedoria da Polícia Militar, o tiro acertou a axila do policial, uma área onde não há a proteção do colete a prova de balas. “Esse ponto também é objeto de investigação, para esclarecermos se o policial estava usando ou não o colete”, disse o corregedor.
Na tarde de sábado, policiais do 6º Batalhão estiveram na corregedoria, em Vitória, e foram ouvidos, assim como o PM que efetuou o disparo. “A princípio, até o momento, a gente descarta qualquer problema de discussão ou coisas dessa natureza. O que nós temos conhecimento, e o que tudo indica, é que foi realmente um disparo acidental. O que precisamos esclarecer são as circunstâncias em torno desse acidente para verificar as responsabilidades do policial que efetuou o disparo”, destacou.
Os familiares do soldado Daniel compareceram ao Departamento Médico Legal (DML) para liberação do corpo, mas não quiseram comentar sobre a morte do policial. Daniel é da ultima turma de militares que se formou no espírito santo, já o colega que atirou está há seis anos na corporação.