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A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, Paraíba, Mato Grosso e Bahia, na manhã desta quarta-feira (15). O objetivo da Operação Mintaka foi reprimir crime contra o sistema financeiro nacional por parte de uma organização criminosa.
Segundo a PF, o grupo, sem autorização da autoridade competente, distribuía valores mobiliários, atividade que era disfarçada através de Marketing Multinível. Ainda de acordo com a polícia, a organização funcionou de novembro de 2014 a maio de 2015, tendo encerrado suas atividades logo após o líder da organização ter fugido do país e sido preso por autoridades norte-americanas.
As investigações da Polícia Federal apontam que o grupo anunciava lucros astronômicos para quem se filiasse à rede e que adquirisse um determinado aplicativo de mensagens para smartphones, especialmente criado pelos envolvidos.
No entanto, segundo a polícia, o objetivo dos envolvidos não era o de vender o aplicativo, mas sim de buscar arregimentar o maior número de pessoas. Dessa forma, o produto seria apenas um artifício usado para dissimular a fraude.
Conforme anunciado na internet, o grupo teria escritórios em Belize, Hong Kong e Panamá e atuação em diversos países. Ao contrário de outras organizações que, no passado, desenvolveram atividades ilícitas semelhantes às que estão sendo investigadas no inquérito policial em andamento, esse grupo, segundo a PF, optou por não constituir no Brasil uma empresa formal para, com isso, dificultar a atividade dos órgãos de repressão.
Os envolvidos responderão por formação de quadrilha e por emitir, oferecer ou negociar títulos ou valores mobiliários sem registro prévio de emissão junto à autoridade competente.