Polícia

"Estamos solicitando o envio de forças federais para o patrulhamento em todo o Estado do Espírito Santo", diz secretário de Segurança

O secretário de Segurança do Espírito Santo, André Garcia, solicitou apoio ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que se colocou à disposição para fornecer apoio federal

Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do ES Foto: Divulgação

O Secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, André Garcia, se pronunciou na manhã desta segunda-feira (4) sobre a atual situação do Estado em relação à paralisação da Polícia Militar (PM). "Estamos solicitando o envio de forças federais para o patrulhamento em todo o Estado do Espírito Santo. A informação que temos é de que haja a mobilização imediata, só falta a formalização que está acontecendo nesta manhã.”, disse o secretário. 

Durante a coletiva, Garcia explicou ainda que o presidente Michel Temer já conversou com governador em exercício Cesar Colnago, na manhã desta segunda-feira (6). "O presidente Temer conversou com o governador em exercício Cesar Colnago agora pela manhã e já autorizou o envio das tropas e deve acontecer ainda hoje as primeiras movimentações nesse sentindo com a participação do Exército, certamente do 38º Batalhão", informou Garcia. 

De acordo com o secretário, não haverá negociação com os familiares enquanto o policiamento não voltar às ruas. Garcia também solicitou apoio ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que se colocou à disposição para fornecer apoio federal. "Nós adotamos desde o início medidas que tem o propósito de restabelecer a normalidade da prestação de serviço policial militar. A primeira premissa foi a suspensão das conversas até que fosse restabelecida a normalidade, e que os policias possam atender as ocorrências e fazer o patrulhamento ostensivo. Diante da flagrante ilegalidade do movimento, seja um movimento espontâneo ou não, a configuração é claramente posta que não se trata apenas de um movimento espontâneo. O Governo do Estado ajuizou uma ação pedindo a decretação da ilegalidade e a decisão foi dada ontem determinando que o movimento é ilegal, e que as pessoas saiam dos quartéis e permitam que a polícia volte às ruas", disse. 

Caso a decisão judicial não seja cumprida a multa diária é de R$ 100 mil a partir desta segunda-feira (6). “É o que está na decisão judicial e a Procuradoria do Estado vai nos orientar”, disse o secretário. 

O comando da Policia Militar (PM) também foi modificado. "A situação emergencial nos levou a adotar muitas medidas, tanto do ponto de vista administrativo quanto judicial, e a solicitação do envio de forças federais para a normalização do serviço do policiamento no Estado. Promovemos a substituição do comandante. O comandante Laércio assumiu uma posição de muita sensibilidade no momento, foi muito sensato e viu a necessidade de alteração, não por questão pessoal, mas em função do momento que estamos atravessando. Quem assumiu foi o Coronel Nilton Rodrigues para a organização do policiamento. Adotamos outras medidas de natureza judicial, já declarando a ilegalidade do movimento. Também houve solicitação para que a gente tenha no Estado, de imediato, por determinação do governador Colnago, que haja forças federais no nosso Estado. Temos policiais a pé em diversos locais e vamos checar isso na Região Metropolitana, com supervisão do comandante e do Coronel Ramalho. Vamos trabalhar com duas frentes para levar segurança para o cidadão para que a vida das pessoas sigam normalmente", informou André Garcia. 

Ainda segundo Garcia, o número de crimes aumentou desde a última sexta-feira (3). "Houve não só o aumento do número de homicídios como de outras ocorrências, isso é fato. A questão é que e infelizmente muitas pessoas se aproveitam dessas circunstâncias para difundir mensagens que geram pânico na população. Por isso que as mensagens oficiais têm sido feitas por vídeos. Só falo com a população através de vídeos ou pela imprensa para que a gente possa passar o que de fato está acontecendo. Não estamos encobrindo nada, houve ocorrências graves em função da ausência de policiamento e exatamente isso que demonstra a necessidade de retomada do serviço. Esse serviço é essencial, não pode descontinuar independentemente de tratativas de interesses corporativos".