Dados obtidos pelo jornalismo da TV Vitória, revelaram que houve um aumento de 20% do número de homicídios em 2017 se comparado a 2016. No ano de 2015, foram registrados, em todo o estado, 1181 homicídios. No ano seguinte, em 2016, esse número subiu para 1403 casos e o em 2017 chegou ao fim com 1625 homicídios, 222 a mais que o registrado no ano anterior.
O município da Serra registrou o maior número de mortes em toda a Grande Vitória, com 312 pessoas mortas em 2017. No anterior, foram 267 assassinatos. Também houve crescimento no número de homicídios em alguns bairros, como São Pedro, na Capital, com 19 mortes em 2017, contra 9 em 2016. Em Carapina, na Serra, foram registrados 46 homicídios no ano passado e 33 em 2016. Em Soteco, Vila Velha, o número dobrou. Foram 7 em 2016 e 14 em 2017.
Os maiores índices de morte por homicídio aconteceram em fevereiro de 2017, durante a da greve dos policiais militares. Mesmo mês em que o cunhado da advogada Valdinéia Bahiense cosmo foi morto. “100% de greve não existe, é inconstitucional. Greve é válida, mas não 100%. Ainda mais da segurança pública”, disse a advogada.
Jucilanio de Souza Santos, mais conhecido como China, tinha 47 anos, quando foi assassinado a tiros dentro da própria churrascaria, em Jardim Limoeiro, na Serra. Ele tinha acabado de abrir as portas do estabelecimento quando foi surpreendido. “O criminoso chegou, falou muito pouco, pediu para ele virar de costas, ele estava comendo, virou e tomou um tiro na nuca. Foi simplesmente isso. Foi um susto muito grande para nós”, contou Valdinéia.
Segundo a cunhada, a motivação do crime foi banal. “Ele ajudou uma pessoa há dez anos. Uma pessoa muito simples, pobre, que foi funcionária dele, e essa pessoa teve um relacionamento com esse meliante, que inclusive está preso. Ele descobriu que meu cunhado ajudou essa pessoa e acreditamos que por ciúmes ele tenha ido dez anos depois matar. Ele também matou outras pessoas em sequência”, afirmou.
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