Polícia

O que fazer quando uma pessoa desaparece?

Polícia Civil orienta o que a família deve fazer em caso de desaparecimento de um parente ou amigo

Foto: Reprodução/ Montanhas Capixabas
A cantora Renata Ribeiro foi encontrada dois dias depois de ter desaparecido.

Muitas famílias passaram pela angústia de ter um parente ou amigo desaparecido no ano passado. Segundo a Polícia Civil, foram 628 registros de desaparecimento, aqui no Espírito Santo, em 2019. Mas o que fazer nesses casos?

Umas das famílias que passaram por essa afilação foi a da cantora Renata Ribeiro, 30. Ela saiu do estado para fazer um show em Minas Gerais em novembro do ano passado. Mas ela não chegou ao destino e parentes ficaram sem notícias da cantora. Para alívio de todos, dois dias depois de ter desaparecido ela foi encontrada.

Quando recebem a notícia ou notam que um parente simplesmente desapareceu, muitas famílias perdem o chão, obviamente, e ficam questionando onde a pessoa estaria ou o que poderia ter acontecido. E, nesse momento de muita agonia e ansiedade, em que a emoção furta toda a razão, acabam se esquecendo de algo importantíssimo: procurar a polícia.

Em caso de desaparecimento, a principal orientação da Polícia Civil é a de registar um boletim de ocorrência imediatamente, como explica o titular da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DPD), delegado Wanderson Prezotti.

“É de extrema importância lembrar que o boletim deve ser feito imediatamente. Ao ter ciência do acontecido, não é necessário esperar 24 ou 48 horas para registrar a ocorrência, pois não existe tempo determinado para comunicar o desaparecimento”.

O período do verão costuma ser crítico aqui no estado. Como as praias estão cheias, o risco desaparecimento aumenta. Só nos primeiros dias deste ano foram registrados 58 desaparecimentos, sendo 45 pessoas localizadas. Prezotti informou ainda que, quando uma pessoa desaparece, as investigações começam assim que o registro formal de ocorrência é feito na DPD.

“Já em períodos noturnos, finais de semana, feriados ou no interior do Estado, os familiares do desaparecido podem procurar qualquer unidade policial que esteja de plantão 24 horas mais próxima da residência”, destaca o delegado.

Quem são?

O delegado informou que a maioria dos desaparecidos é homem adulto. Depois, adolescentes do sexo feminino. Em 2019, 80% dos casos de desaparecimentos foram solucionados pela delegacia.

“Das 628 pessoas registradas como desaparecidas na unidade, 496 foram localizadas. Já no ano de 2018, encontramos 520 pessoas das 633 ocorrências recebidas, o que representa cerca de 82% de resolutividade”, relatou o responsável pela DPD.

Para abrir uma ocorrência de desaparecimento, a pessoa que procura a delegacia tem de levar a própria identidade, além do documento de identificação e foto do desaparecido. “Caso os familiares não estejam com alguns destes documentos, a ocorrência é realizada da mesma forma, desde que as informações prestadas estejam corretas. Já os que não são familiares dos desaparecidos, o vínculo entre as partes deve ser comprovado”, acrescentou Prezotti.