Crime Brutal

O que motivou ataque a vendedora em loja da Glória?

Carla Gobbi trabalhava quando foi abordada por Wenderson Rodrigues e esfaqueada

Foto: Câmera de videomonitoramento
Foto: Câmera de videomonitoramento

O homem que esfaqueou e matou a vendedora Carla Gobbi Fabrete na segunda-feira (10), na Glória, teria escolhido a vítima de forma aleatória.

De acordo com o subinspetor Vieira, da Guarda Municipal de Vila Velha, os indícios apontam que Wenderson Rodrigues não a conhecia. “Ao que tudo indica, foi uma vítima aleatória. Não foi levado nada dela e não há correlação amorosa, por exemplo”, explicou.

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A motivação, no entanto, ainda não está clara. Os investigadores da Polícia Civil trabalham para esclarecer o crime que chocou o Espírito Santo.

Carla trabalhava quando foi abordada por Wenderson no estabelecimento. Ele a levou até o banheiro, onde realizou diversos golpes com uma faca.

Wenderson foi detido por agentes da Guarda Municipal de Vila Velha após esfaquear a vendedora e fugir da loja. No momento em que foi preso, Wenderson se cortou e tentou tirar a própria vida.

Foto: Montagem/ Folha Vitória

O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo (Sesp), Leonardo Damasceno, afirmou que o acusado de matar a vendedora Carla Gobbi Fabrete “não teme as forças de segurança”.

Em entrevista à TV Vitória/Record, Damasceno disse que o crime é brutal e que é difícil ação das forças de segurança quando um criminosos está muito motivado a cometer um crime ou tem algum distúrbio. No caso de Wenderson, o secretário disse que aparentemente não teme as forças de segurança.

Colegas de trabalho detalham a rotina de Carla e o momento do crime

No velório da vítima, realizado na manhã desta quarta-feira (12) em São Gabriel da Palha, onde reside a família de Carla, colegas de trabalho, que ajudaram a vítima a se manter na região metropolitana, estiveram presentes.

Adriana Bressiani é ex-chefe de Carla, com quem trabalhou por três anos e, depois, ajudou a formar uma sociedade com o irmão, justamente da loja onde foi assassinada.

“Parece um pesadelo e eu queria acordar. Eu a considerava como uma filha, frequentava minha casa e participava das comemorações. Ela foi trabalhar com meu irmão, com quem ela formou uma sociedade da loja, era onde ela estava”, disse.

A filha de Adriana, Sabrina, também trabalhava no estabelecimento quando o crime aconteceu e foi quem acompanhou o socorro de Carla. As cenas de terror foram as últimas memórias guardadas da amiga.

“Além de estar no momento do socorro, eu estava no hospital aguardando o término da cirurgia, estive com ela quando foi para a UTI. Eu sabia da gravidade, mas tinha esperança de que ela resistiria. O sentimento é de revolta. Poderia ter sido eu. Infelizmente, essas serão as últimas lembranças que terei dela. Vi como aquele monstro a deixou. Eu queria que a última imagem fosse o sorriso dela”, desabafou.