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A advogada Jéssica Torezani, de 25 anos, que foi presa junto com o noivo, na última terça-feira (09), em Itaparica, Vila Velha, poderá ser afastada preventivamente do quadro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os dois são suspeitos de aplicarem um golpe milionário em duas idosas.
De acordo com a Ordem, o pedido de suspensão preventiva da advogada foi encaminhado ao Tribunal de Ética pelo presidente da OAB-ES, Homero Junger Mafra. O objetivo é apurar eventual infração ética da profissional no caso envolvendo as duas idosas, de 87 e 61 anos.
Segundo investigação da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa), Jéssica Torezani e Sandro Vescovi Mozzer embolsaram, de forma indevida, mais de R$ 1 milhão das vítimas, que são mãe e filha e contrataram a advogada para conseguirem receber as heranças deixadas por seus respectivos maridos.
De acordo com a polícia, quando Jéssica percebeu que a quantia em dinheiro que as duas tinham para receber era grande, começou a fazer uma série de procurações falsas e a receber a herança. A suspeita da polícia é que, com o dinheiro, eles tenham adquiridos carros de luxo, cavalos, haras e até um avião monomotor, entre outros bens.
Segundo a titular da Defa, delegada Rhaiana Brememkamp, os suspeitos possuíam outras seis contas bancárias, cujos saldos ainda são desconhecidos pela polícia. Por isso, a delegada acredita que o prejuízo causado às vítimas tenha sido muito maior do que R$ 1 milhão.
Rhaiana Brememkamp explicou que a Justiça já autorizou a quebra de sigilo dessas outras seis contas bancárias do casal, mas a polícia ainda não teve acesso a elas por causa de trâmites burocráticos.
Jéssica e Sandro foram encaminhados para o presídio de Viana e poderão responder por crimes como estelionato com vítima idosa, furto mediante fraude, supressão de documentos, falsidade ideológica e falsificação de documento público.