Armas, diversas munições, inclusive de fuzil, rádio comunicadores, balança, uniformes, dinheiro, vários tipos de drogas, como maconha, cocaína e crack. Todo esse material foi apreendido durante a sétima fase da Operação Caim, nesta segunda-feira (08). Ao todo, 38 pessoas foram detidas.
A operação, realizada em conjunto entre a a Polícia Civil e Militar, a Força Nacional e Guardas Municipais, começou por volta das 6 horas da manhã. O helicóptero do Notaer foi utilizado para ajudar nas buscas. Ao todo, mais de 200 agentes de segurança participaram da ação, que tem como objetivo prender homicidas e traficantes em todo o Espírito Santo.
O Secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre Ramalho, explica que o material apreendido tem relação direta com casos de homicídios no Estado. “Dez armas apreendidas, mas o que chama a atenção, é o fato de serem armas importadas. Isso nos remete a importância da atenção às nossas fronteiras. Cerca de 80% dos casos de homicídios estão relacionados ao tráfico de drogas e a importação dessas armas”, disse.
A operação atuou em diversos pontos da Grande Vitória. A escadaria do trabalhador, no Bairro Bonfim, na capital, foi um deles. O local é um dos pontos mais intensos de tráfico de drogas na região. A escadaria é um dos principais acessos ao baile funk clandestino que aconteceu no domingo (07). Quando aos agentes chegaram ao local, muitas pessoas ainda estavam saindo da festa.
Na sétima fase da Operação Caim, 38 pessoas foram detidas. Entre elas, quatro traficantes que já estavam sendo procurados pela Justiça. De acordo com a polícia, um dos detidos fazia a segurança de Fernando Marujo, chefe do tráfico no Bairro da Penha, em Vitória. Roger Vinicius Soares Clemente foi detido durante a operação no Bairro da Penha.
Segundo o chefe do Departamento Especializado de Narcóticos (DENARC), delegado Tarcisio Otoni, na ação foram detidos criminosos que estavam escondidos dentro de residência de moradores da região. De acordo com o delegado, os criminosos invadem as casas das pessoas, que se sentem coagidas.
“Os policiais viram os suspeitos seguindo para residencias, onde encontraram armas. Os moradores estavam sendo coagidos, mas não podem se rebelar sobre a situação”, conta.
Em todas as fases da Operação Caim, mais de 250 pessoas foram detidas, inclusive homicidas e traficantes perigosos do Estado. O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Romualdo Gianordoli, afirma que a ajuda da população é importante para que seja possível capturar os suspeitos. “Nós sabemos que tem muitas pessoas de bem na região. Essas pessoas podem nos ajudar por meio do Disque Denúncia 181. O sigilo é garantido”, destaca.
*Com informações do repórter da TV Vitória/Record TV, Vitor Moreno.