O Espírito Santo finalizou a Operação Carnaval 2025 com o menor número de homicídios desde o início da série histórica iniciada no ano de 2001. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (06), pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Segundo a Sesp, foram registradas 6 mortes contra 15, significando uma redução de 60% se comparado ao ano de 2024. Os homicídios foram registrados em: Afonso Cláudio, Cariacica, Sooretama, São Mateus, Vitória e Vila Velha.
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O secretário de Segurança Pública, Leonardo Damasceno, disse que a redução de homicídios é significativa para o Espírito Santo e se deve ao empenho operacional das forças policiais.
Tivemos um planejamento prévio, um empenho operacional muito grande das forças de segurança, principalmente o policiamento ostensivo. Tivemos a polícia militar muito presente e o resultado de um esforço de colocar todo o policial disponível na rua, disse o secretário.
Quais casos foram registrados na Operação Carnaval?
Durante o sábado (1º), foram registrados poucos registros de crimes violentos e sem homicídios. Entretanto, foram contabilizadas quatro mortes no trânsito.
Já no domingo (02), aconteceram cinco tumultos em festas de Linhares, Iúna, Barra de São Francisco, Mucurici e Mimoso do Sul. Além de três homicídios em Afonso Cláudio,
Cariacica e Sooretama e duas mortes no trânsito.
Na segunda-feira (03), foram contabilizados um homicídio em Guriri e outros sete registros de tumulto em locais de folia: Marataízes, Jacaraípe, Vila Velha, Vitória, Piúma, e Muqui.
Durante a terça-feira (04), foram registrados dois homicídios em Vitória e Vila Velha, sendo um deles do Sambão do Povo. E duas mortes em confronto com agentes de segurança em Guriri, São Mateus e no bairro Cobi de Cima em Vila Velha.
Também foram registradas duas mortes no trânsito e 12 tumultos nos municípios de: Jacaraípe, Setiba, Barra do Jucu, Presidente Kennedy, Barra de São Francisco, Conceição da Barra, Guarapari, Guriri, Vitória, Piúma, Iúna e Apiacá.
Na Quarta-feira de Cinzas (05), Diego Cajueiro, de 25 anos, morreu após ser detido em uma abordagem policial na Barra do Jucu, em Vila Velha. A família do ajudante de pedreiro alega que ele foi agredido por policiais, o que teria levado à sua morte.
O secretário de Segurança Pública lamentou a morte, afirmou que os policiais envolvidos registraram a ocorrência e a ação será apurada.
“A gente preza pela clareza com a população, um discurso muito claro com a população. O comandante-geral vai determinar a abertura de um processo na corregedoria da Polícia Militar e conversei com a Polícia Civil para a investigação ser feita de forma técnica e clara para chegando a conclusão do que de fato aconteceu”, declarou o secretário de Segurança Pública.
Mais de 730 medidas protetivas de urgência foram requeridas
Durante o período da Operação Carnaval foram requeridas o total de 731 medidas protetivas de urgência, na qual a mulher deve comparecer até a Delegacia da Mulher ou a Delegacia de Polícia mais próxima, e relatar a violência sofrida.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, afirma que o aumento no número de requerimentos mostra que as mulheres estão mais conscientes e estão denunciando os abusos sofridos.
E queremos que denuncie e não tenham medo: caso tenham sofrido alguma ameaça, as mulheres devem procurar uma unidade policial. Os nossos policiais estão orientados a essa situação e pedir a medida protetiva imediata, disse Arruda.