Polícia

Operação Tsunami prende quadrilha que falsificava documentos e adulterava veículos no ES

De acordo com a polícia, foram indiciadas 18 pessoas na operação e duas estão foragidas

Operação Tsunami prende quadrilha que falsificava documentos e adulterava veículos no ES

Ao todo 18 pessoas foram indiciadas na Operação Tsunami, da Polícia Civil. Segundo a polícia, 10 pessoas atuavam em uma organização criminosa complexa, que falsificava documentos públicos, adulterava veículos e ainda fazia quitação irregular de débitos junto ao Detran.

“Nós obtivemos informações no sentido de que havia uma organização criminosa atuando no Estado em diversas frentes, todas elas relacionadas de alguma forma à atividade veicular. As frentes eram desde a falsificação de documentos diversos, quitação de débitos por meio de fraude e pela atividade fim, que era desde o furto e roubo dos veículos, passando pela adulteração, e depois revenda a terceiros, caracterizando crime de receptação”, diz o delegado Erico Mangaravite.

Em uma conversa de áudio, que está em posse da polícia, um cliente tenta negociar o pagamento de uma multa, com um dos integrantes da organização criminosa, identificado como Alfredo de Souza, de 63 anos. Porém, a polícia já concluiu que Alfredo não trabalha no Detran. Na verdade, ele atuava como despachante de forma clandestina.

As investigações da Operação Tsunami duraram ao todo 9 meses. De acordo com a polícia, a organização criminosa chegou a furtar documentos originais de Detran’s de outros estados.

A polícia também descobriu que a quadrilha conseguia raquear contas de empresas e furtar dinheiro para manter o esquema. “Eles realizavam furtos, mediante fraude, por meio de raqueamento de contas bancárias, principalmente com contas de pessoas jurídicas de outros estados. Eles realizavam a subtração desses valores dessas contas e utilizavam esses valores para realizar a quitação de débitos”, fala o delegado Ricardo Toledo.

Andrea Ferreira Leone, de 44 anos é apontada pela polícia como líder da organização criminosa. Ela e Necivaldo Oliveira Santos de Jesus, de 45, responsável pela adulteração de veículos, estão foragidos.

Os integrantes do esquema só se comunicavam por meio de aplicativos de mensagens, na tentativa de despistar a polícia. Os investigados podem responder por vários crimes, entre eles, organização criminosa, furto qualificado, falsificação de documentos públicos e adulteração de veículos.