O pai da jovem de 21 anos presa por suspeita de matar o marido, Leonardo Lima de Sousa, de 22 anos, com um canivete nesta segunda-feira (6), no bairro Vista da Serra I, na Serra, afirma que a filha tem transtornos mentais desde pequena.
Ele também contou que o crime aconteceu após o companheiro dela ter ameaçado bater no enteado, uma criança autista. O corpo da vítima foi velado nesta terça-feira (7) e Beatriz de Souza Santos passará por audiência de custódia.
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“Tá doendo demais, muita dor mesmo”, desabafou o pai. Ele contou que no momento do crime, outra filha o avisou da confusão. “Ele tava empurrando ela, mas quando ele tava empurrando, eu pensei que ele tava matando ela, mas ele já tava sangrando”, relatou.
Segundo o pai, ele viu o momento em que ela estava com a arma mão e ele com a mão no coração.
“Eu pensei: ‘Matou o rapaz’, só pensei nisso e tirei a arma da mão dela. Ela pediu socorro pra ele ainda, ela não foi com intenção de matar, ela achou que não ia matar e acabou matando. Ela disse: ‘Meu pai, eu tenho que pagar as consequências que eu fiz'”, disse.
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O homem disse que a filha faz o uso de remédios controlados. Ela é mãe do menino autista de quatro anos, envolvido na confusão.
“Esse ato foi para defender o filho. Ela ameaçou e ele achando que ela não ia ter coragem de matar ele. Infelizmente, ela furou achando que não ia matar, mas acabou matando”, explicou o pai da jovem.
Testemunhas contaram que Leonardo sobreviveu, ferido, por 40 minutos. Elas disseram que a Polícia Militar demorou cerca de 45 minutos para chegar e a ambulância do Samu, quase 1 hora.
Quando os médicos conseguiram chegar ao local para socorrer a vítima, já era tarde demais. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no bairro.
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O menino autista está com o pai e a avó, que moram em Praia Grande, em Fundão. A família do jovem assassinado disse que ainda está abalada e por enquanto prefere não se manifestar sobre o crime.
O corpo de Leonardo foi liberado no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória. Ele foi velado e enterrado no Centro de Aracruz, onde vive a família. Apesar de presenciar o crime, o pai de Beatriz só quer o bem dela.
“Eu tô aqui para ajudar, porque ela não consegue viver sozinha. Eu vou tá do lado dela”, disse.
Em relação ao tempo de espera da Polícia Militar e do Samu, a PM informou que o tempo de espera entre o chamado e a chegada da viatura no local foi de cerca de 15 minutos. Até o momento, o Samu não retornou à reportagem.
A Polícia Civil informou que a suspeita de 21 anos, conduzida à Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, foi autuada em flagrante por lesão corporal seguida de morte e encaminhada para o Centro de Triagem de Viana, onde passará por audiência de custódia.
*Com informações do repórter Caio Dias, da TV Vitória/Record TV