Polícia

Pai e filho são presos suspeitos de queimarem mulher viva em Cariacica

Nesta quarta-feira a polícia prendeu Luiz Carlos Ferreira da Cruz, que era marido da vítima. O filho dele, Alexandro Rodrigues da Cruz, já havia sido preso por participação no crime

Luiz Carlos foi preso nesta quarta-feira, na Serra Foto: TV Vitória

A polícia prendeu, nesta quarta-feira (09), o pedreiro Luiz Carlos Ferreira da Cruz, de 45 anos, suspeito de ter queimado viva a própria esposa, Eloina Paula Ferreira de Oliveira. O crime aconteceu em setembro deste ano, no bairro Nova Campo Grande, em Cariacica. De acordo com a polícia, o filho de Luiz Carlos, Alexandro Rodrigues da Cruz, de 24 anos, já havia sido preso pela participação no crime.

O pedreiro foi detido no momento em que trabalhava num local conhecido como Paredão, em Jardim Limoeiro, na Serra. Segundo o delegado Janderson Lube, responsável pela investigação do caso, o crime foi cometido após uma discussão do casal.

“Eles iriam viajar para o município de Barra de São Francisco, naquele dia, e houve uma discussão entre a Eloina e o Luiz Carlos. Depois disso, o corpo dela foi encontrado, por volta das 6h30, no município de Cariacica”, afirmou o delegado.

Luiz Carlos nega participação no assassinato, mas não demonstra qualquer reação quando é perguntado sobre o fato de a ex-mulher estar morta. “A Justiça está trabalhando nisso e eu fui colocado num beco sem saída”, declarou.

No entanto, para a polícia, não há dúvida do envolvimento de pai e filho no assassinato. “Foi encontrado sangue da vítima no carro usado pelos suspeitos. O veículo inclusive fora lavado e, apesar disso, nós conseguimos identificar, no lado direito do banco traseiro, com os exames periciais, a existência de sangue no carro. E com o exame de DNA, confirmou-se que esse sangue era da Eloina”, ressaltou Lube.

De acordo com a polícia, os dois suspeitos foram presos em dias diferentes e não reagiram à prisão. Os policiais chegaram até os envolvidos após parentes da vítima registrarem ocorrência na Delegacia de Pessoas Desaparecidas.

Ainda segundo o delegado, Eloina já havia representado queixa na polícia contra Luiz Carlos por agressão. “Existe um histórico de agressões, por parte do Luiz Carlos, contra a Eloina. Mas, da mesma forma que ele nega a participação no homicídio, ele também nega as agressões anteriores”, frisou. 

O corpo de Eloina foi encontrado, totalmente carbonizado, no dia 23 de setembro, em Nova Campo Grande. Só foi possível o reconhecimento do corpo após a realização de exames de DNA da arcada dentária da vítima. 

Segundo a polícia, pai e filho responderão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.