Um pai precisou se passar pela filha para flagrar um ato de importunação sexual na cidade de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O suspeito, um homem de 51 anos, foi preso pelo crime nesta quinta-feira (2).
Segundo informações do Portal R7, o suspeito chegou a exibir as partes íntimas em um vídeo, ao vivo, pensando que do outro lado da câmera havia uma criança de 10 anos. Mas, na verdade, quem assistia era o pai da menina, que gravou tudo e chamou a polícia.
Segundo o relato do pai, que não quis se identificar, quando ele chegou em casa após o trabalho, soube pela filha que a menina estaria recebendo mensagens impróprias pelo celular.
Ainda de acordo com o homem, o suspeito é um velho conhecido da família.
“Ele está há vinte anos comigo, ele é porteiro na igreja que a minha filha frequenta e, inclusive, dava carona pra ela voltar pra casa. É uma pessoa, assim, acima de qualquer suspeita. Uma pessoa amiga da família. Então, não tinha porque desconfiar”, diz.
Assim que soube das mensagens que o suspeito trocava com a menina, o pai da criança procurou a polícia. Ele foi orientado a coletar provas contra o autor e se passou por ela em um aplicativo de troca de mensagens.
Depois de 10 dias por trás da tela do celular, conseguiu a principal prova para incriminar o homem e justificar uma prisão em flagrante.
” As mensagens eram sempre as mesmas, querendo vídeo, pedindo foto. E eu estava me passando por uma criança de 10 anos, com papo bobo, né? Ah, mandando fotinha, é… animes, e tal, pra ele, pra ver se ele criava coragem e ele mesmo fizesse a chamada de vídeo”, fala.
Ele conta que, em determinado momento, o homem ‘caiu na armadilha’.
“Quando fez a chamada de vídeo, que ele começou a por a mão na roupa, aí de pronto eu já tampei a câmera de cima, tirei o celular de perto da minha filha, e deixei apontado pra parede, só gravando. E ele não parou. Ele continuou fazendo o ato”, afirma.
O homem foi preso em casa, na frente da esposa e dos filhos. Na delegacia, o suspeito preferiu ficar de costas e não mostrar o rosto. Ele responde, agora, pelo crime de importunação sexual, com pena de 1 a 5 anos de prisão. O crime é inafiançável. De acordo com o delegado responsável pelo caso, através da prisão de dele, podem aparecer outras vítimas.
“Considerando que o autor é porteiro de uma igreja, pode ser que tenham outras vítimas nessa igreja”, acredita o pai.
As informações são do Portal R7.