Os parentes e amigos dos irmãos Edson e Dériek Castro, feridos durante uma briga de trânsito, estiveram na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na manhã esta quarta-feira (17). Lá eles pediram por justiça enquanto os dois estudantes de engenharia civil prestavam depoimento.
Eles não puderam falar detalhes sobre o depoimento, pois as investigações correm em segredo de justiça. No entanto, os dois negam que tenham colocado a mão na cintura fazendo menção de estarem armados e nem discutiram com o agente penitenciário.
“Hora nenhuma meu irmão colocou a mão na cintura. Se eu passar ao lado de uma pessoa e ela colocar a mão na cintura ou dentro do bolso, e eu me sentir ameaçado, imagina? Isso não é justificativa”, disse a vítima.
Deriék contou que quando fecha o olho vem um filme na cabeça. “Ele com a mão direita, pois eu acredito que a outra estava no volante, atirou para trás. Quando ele fez isso, pegou no chão. Eu imaginei que não teria problema, mas o meu irmão falou que achava que o havia acertado. Quando meu irmão virou, tirou a viseira e mostrou o sangue. Eu o tirei da moto, joguei no acostamento e tentei fazer os primeiros socorros”, contou.
Edson foi atingido no olho e perdeu a visão direita. Ele contou que busca força nos amigos para seguir em frente. “Eu espero justiça, porque se ele fez isso uma vez pode fazer outra vez. Se acontecer novamente pode ser uma fatalidade maior. Como ele não parou para prestar socorro, imagina se fosse uma criança”, destacou o jovem.
Dériek e Edson saíram de casa em Cariacica no último sábado (13) para fazerem um trabalho de faculdade na casa de um amigo. O agente penitenciário que efetuou o disparo prestou depoimento na terça-feira (6) e foi liberado.