A insegurança no transporte público da Grande Vitória é uma realidade. De janeiro a maio deste ano, a Rede Vitória mostrou quase 30 histórias de violência dentro dos ônibus. Quem depende do coletivo confessa redobrar os cuidados com a segurança e afirma sentir medo.
Independente do dia e da hora, sempre tem alguém entrando e saindo de algum ônibus, em alguma região. Em tempos normais, longe da pandemia, o sistema Transcol transportava mais de 600 mil pessoas diariamente. A quantidade despertou a atenção de criminosos, que agem sem medo ou qualquer receio. O caso mais recente foi na tarde desta segunda-feira (29), quando uma mulher foi rendida e ferida dentro de um ônibus em Serra Sede.
A violência contra a mulher não foi um ato isolado. Histórias de vítimas de assaltos à coletivos na região Metropolitana são recorrentes. Um homem sofreu um grave corte na cabeça depois de ter sido rendido na volta pra casa, no dia 24 de junho.
Os crimes, muitas vezes, são cometidos por adolescentes, que apesar da pouca idade, agem de forma agressiva e violenta. Em Vila Velha, um menor, de 14 anos, foi apreendido. Segundo a Polícia Militar, o menino cometia arrastões no município canela verde e em Cariacica.
Desde março, moradores da Grande Vitória praticam o isolamento social por causa da covid-19. Alunos estão com aulas suspensas e o comércio tem funcionado em dias alternados. Mesmo com essa redução de passageiros, os crimes dentro dos ônibus continuam acontecendo. Quem embarca em qualquer linha, afirma sentir dois medos: dos assaltos e do novo coronavírus.
A Polícia Militar informou que todos os dias realiza diversas ações de abordagens e visitas tranquilizadoras a coletivos em toda região Metropolitana. O objetivo, segundo a PM, é evitar que esse tipo de crime aconteça.
*Com informações de Suellen Araújo, da TV Vitória / Record TV