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A perícia confirmou a suspeita da Polícia Civil de que uma quadrilha estava aplicando um golpe para recebimento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) no Espírito Santo. Nesta sexta-feira (20), a polícia divugou o laudo pericial feito em computadores apreendidos durante uma operação da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), no dia 16 de junho, na Serra. Na ação cinco pessoas foram detidas, suspeitas de envolvimento no esquema.
De acordo com o titular da DDT e responsável pela investigação, delegado Alberto Roque Peres, cerca de 100 pessoas que receberam dinheiro das fraudes podem responder pelos mesmos crimes da quadrilha. Segundo o delegado, a perícia conseguiu identificar como o grupo falsificava os documentos.
“Eles tinham um modelo de laudo pericial verdadeiro e montavam um laudo falso para que as pessoas ganhassem indenização acima do limite que era devido. Algumas pessoas realmente foram vítimas, já outras tinham a intenção de fraudar”, ressaltou.
Atualmente os cinco detidos no dia da operação estão em liberdade, sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Alberto Roque Peres explicou que os suspeitos estavam cumprindo medidas cautelares substitutivas à prisão restritiva.
No entanto, com a comprovação do laudo entregue à polícia, o grupo vai responder por fraude para obtenção de seguro, falsificação de selo ou sinal público, falsificação de documento público, falsidade ideológica e uso de documento falso. De acordo com o delegado, eles podem ser condenados a 27 anos de prisão.
Em até 30 dias, os policiais pretendem identificar as pessoas que conseguiram receber o seguro DPVAT por intermédio da quadrilha. Elas deverão prestar depoimento e, segundo Roque Peres, estão sujeitas às mesmas condenações que os integrantes da gangue. O delegado ressaltou ainda que o DPVAT é um direito a qualquer vítima de acidente causado por veículo automotor e que pode ser requerido nas agências dos Correios.