Polícia

Perigo na internet: criminosos usam a tecnologia para aplicar golpes

Com a pandemia e mais pessoas em casa, as comprar pela internet cresceram e, consequentemente, os crimes cibernéticos também tiveram aumento

Foto: Reprodução TV Vitória

Ao mesmo tempo em que ajudam a população no cotidiano, a internet e os mais variados aplicativos podem se tornar uma ferramenta perigosa. Relatos de vítimas de crimes cibernéticos são cada vez maiores no Espírito Santo. 

Entre os in´úmeros casos está o de uma técnica de enfermagem. Ela anunciou um notebook pela internet e, dias depois, conseguiu um comprador. O que ela não imaginava é que se tratava de um golpe. Durante as conversas com o homem, a dona do aparelho contou que o aparelho só tinha três meses de uso.

Na troca de mensagens, o suspeito de São Paulo pediu para ela criar um anúncio em um site de vendas, para que ele pudesse efetuar o pagamento. Na negociação, o suspeito pediu para ela enviar o produto pelos Correios, e que o pagamento seria realizado. Mas nada de pagamento! Foi aí que a mulher entendeu que estava sendo vítima de um golpe. 

O delegado Brenno Andrade, da Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos, aleta para esses golpes que, nos últimos meses, aumentaram. “Temos os mais diversos tipos de situação. Às vezes são comprovantes falsos, a pessoa cria um e envia para você. Nesse tipo de crime, os dados costumas ser falsos. Se o comprovante for verdadeiro e a pessoa simular um pagamento, é possível identificar os suspeitos”, explica. 

Ela não foi a única. Um outro comerciante de Vila Velha, anunciou um carro na internet e logo conseguiu um comprador. Mas logo ele percebeu que se tratava de uma tentativa de golpe. O suposto comprador afirmou ser um advogado e que iria comprar o carro para um cliente. 

Desconfiado, ele perguntou para o comprado se ele estava preso. Para sua surpresa, o homem revelou que estava no sistema prisional há dois anos e sete meses. O golpista ainda propõe que o homem o ajude no crime.  

O delegado também fez uma alerta. “No período de pandemia, com as pessoas em casa, as transações cresceram. As pessoas precisam ter cuidado ao comprar ou vender algo online. Se estiver vendendo, forneça o produto após o dinheiro entrar na sua conta”, ressalta. 

Em nota, o site de vendas OLX informou que não tem acesso às evidências de que casos aconteceram por meio da plataforma, mas está a disposição das autoridades para colaborar na apuração dos fatos. A empresa reforçou ainda que investe, constantemente, em tecnologia e serviços de orientação ao usuário, com recomendação das melhores práticas de negociação. 

*Com informações do repórter Douglas Camargo, TV Vitória/ Record TV. 

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros Produtor web
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Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Ufes. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.